Revolback na Coletivo Galeria

revolback

Exposição Individual do artista Revolback na Coletivo Galeria. As obras mostram as referências estéticas herdadas do hardcore, do Skate e da Street Art. O paulistano Eduardo Andrade, conhecido como Revolback, faz sua primeira exposição individual na Coletiva Galeria.  A exposição “Questione” mostra as obras que englobam tudo o que acontece no universo contestador do artista, que utiliza em seus desenhos tinta acrílica, spray e esferográfica, além de técnicas clássicas e contemporâneas.

As referências estéticas de Revolback herdadas do hardcore, do Skate e da Street Art estão claras nesta exposição que acontece até 11 de outubro. Porém, os seus trabalhos podem ser vistos diariamente pelas ruas de São Paulo e algumas casas de shows, tornando famoso o rosto que aparece com freqüência em suas obras. “Não é a minha face ali. Fiz pensando no rosto brasileiro, que vem da mistura de raças, assim como eu”, observa o artista.

Saiba mais sobre Edu Andrade  a.k.a. Revolback
O paulistano Eduardo Andrade a.k.a. Revolback, é um talento promissor da Street Art brasileira. Ele trabalhou na área de vídeo, em produtoras como Trattoria e Toro (seu atual emprego), e, paralelamente, construiu uma história na cena hardcore nacional ao lado da sua banda Questions, formada em 2000.

Mas antes do hardcore e do audiovisual, seu talento sempre foi o desenho. Da inocência do rabisco infantil, alcançando alguma firmeza na adolescência (ainda sem estilo, como comprova o Angus Young datado de 1985), e encontrando o primeiro ponto de ruptura em 1987, ao se deparar com a revista Crics: “Ali estava tudo o que eu curtia. Slayer, Blek Le Rat (o cara que influenciou o Banksy) e Christian Hosoi. Tudo que eu gostava numa só revista. Rock, stencil e Skate!”, recorda Edu.

O Skate, aliás, seria o responsável pela segunda (e definitiva) ruptura na vida do artista. Em 1998, folheando a revista Transworld Skateboarding, descobriu um tal Shepard Fairey (Obey Giant). “Aquilo me mostrou que não precisava ter formação acadêmica ou vir de famílias ricas para poder pintar quadros”, analisa. “Era um cara igual a mim, rockeiro, skatista e apreciador de arte fazendo a sua própria revolução”. No ano seguinte começou a trabalhar numa produtora de vídeo, desenvolveu o conceito do desenho que faz até hoje (Revolback) e, pouco tempo depois, montou sua banda.

Suas referências estéticas herdadas do hardcore, do Skate e da Street Art, recebem a companhia de um princípio político bem definido: questionar o establishment. “Questione, não aceite passivamente”, como ele vive repetindo, inclusive no nome da sua banda (Questions). As plataformas que recebem suas mensagens são variadas, como telas, paredes, adesivos, cartazes e até artes de CD´s. Suas principais técnicas são a esferográfica, o acrílico e o spray (para trabalhos maiores).

Passou uma temporada na Europa (2004/2005), absorvendo cultura, experiência de vida e respirando uma atmosfera favorável às artes. “Morava em East London/White Chapel, região lotada de galerias e stencils do Banksy. Fui a expôs do Ed Templeton, Barry McGee, Banksy, Phil Frost, etc, e posso dizer que foi um dos melhores momentos da minha vida”, diz. Voltou ao Brasil com a mala cheia de boas influências, e ainda mais vontade de produzir e mostrar seu trabalho.

Intensificou sua dedicação às artes, convicto de que era o caminho certo e cada vez mais seguro da qualidade daquilo que vinha criando. Espalhou seus desenhos pelas ruas de São Paulo e algumas casas de shows, tornando famoso o rosto que aparece com freqüência em suas obras. “Não é a minha face ali. Fiz pensando no rosto brasileiro, que vem da mistura de raças, assim como eu”.

Edu tem tudo para escrever seu nome entre os grandes da Street Art brazuca. Workaholic e inquieto, o artista revela não dormir mais de cinco horas por noite: “Acho perda de tempo. Quando morrer, irei dormir a eternidade, então passo a maior parte do tempo acordado, pintando e fazendo músicas”.

Serviço:

Exposição: Questione – de Edu Andrade a.k.a Revolback

Local: Coletivo Galeria (Rua dos Pinheiros 493 – São Paulo-SP)

Horário de Funcionamento: terça a sexta das 15h às 21h e sábado das 14h às 19h
*Exposição acontece  até 18/10

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