Impermeabilizações: Normas Gerais De Execução 2

Impermeabilização de Piso Contra a Umidade do Solo

A impermeabilização de pisos em contato com o solo, contra a umidade, pode ser feita de uma das duas formas abaixo indicadas:

a) Argamassa Impermeável – Como argamassa impermeável compreende-se uma argamassa de areia e cimento Portland no traço de 1:3 em volume, à qual é incorporado um aditivo impermeabilizante. A areia deverá  ser isenta de substâncias orgânicas e argila de granulometria 0 a 3 mm.

b) Concreto impermeável – Para a confecção de pisos em concreto impermeável à umidade do solo, o concreto deverá ter no mínimo 250 Kg de  cimento por metro cúbico de mistura final, obedecendo a um fator água/cimento máximo de 0,60 e utilizando – se um aditivo incorporador de ar ou um aditivo impermeabilizante.

A impermeabilização horizontal do piso com argamassa impermeável deverá ligar-se diretamente com a impermeabilização vertical dos alicerces. A argamassa impermeável deverá apresentar uma espessura mínima de 3 cm. O lastro do concreto sobre a qual é aplicada esta argamassa deverá ter no mínimo 8 cm de espessura. A argamassa impermeável será aplicada com forte pressão  sobre a base de concreto previamente limpa e umedecida. O acabamento será à base de desempenadeira.

Quando o piso for de concreto impermeável, a sua espessura mínima será de 10 cm.

No  caso do piso apoiar-se sobre o aterro permeável, este deverá ter no mínimo 12 cm de espessura.

Lajes de Cobertura, Terraços, Marquises e Calhas

Lajes de Cobertura, Terraços, Marquises  e  Calhas. A impermeabilização contra água de percolação pode  ser feita de uma das seguintes formas:

a)     com camada asfáltica aplicada a frio.
b)     com camada asfáltica  aplicada a quente
c)     com aplicação de elastômeros.

A solução adequada para cada caso será definida no projeto, através do Memorial Descritivo e não poderá ser modificada ou substituída durante a execução sem prévia autorização da Fiscalização.

Impermeabilização Asfáltica a Frio

Este tipo de impermeabilização é obtido pelo emprego de emulsões hidro-asfálticas reforçadas com véu de  fibra de vidro fabricado dentro das  normas da ABNT – EB-632.

As superfícies devem apresentar-se regularizadas e  uniformes na forma clássica e indicada para rodos os demais sistemas de impermeabilização.

Se a regularização não foi obtida na própria concretagem, o que seria ideal quer técnica, quer economicamente, a regularização  e declividade para o escoamento pluvial (de 1% ou mais), será executada com argamassa  de cimento e areia no traço volumétrico de 1:3, perfeitamente solidária à base e com acabamento bem desempenado com desempenadeira de madeira e feltro, nunca alisada para evitar o afloramento dos  finos e conseqüente craquelamento.

Esta argamassa não poderá conter impermeabilizantes hidrófugos.

Os ângulos serão arredondados  em meia  cana com raio de 8 cm.

As superfícies verticais, rodapés e todos os perímetros serão preparados na forma convencional para remates dos demais sistemas de impermeabilização.

Platibandas e ou outros elementos perimetrais construídos com blocos ou tijolos furados não podem ser aceitos para remates de impermeabilização de quaisquer sistemas, incluindo este.

Em períodos com ameaça de chuvas próximas, não deve ser aplicada a impermeabilização.  O tempo de secagem inicial das emulsões hidro-asfálticas no inverso, é de aproximadamente 2 horas e durante este tempo não pode estar sujeita à chuva.

A impermeabilização deve ser aplicada só em superfícies limpas.

Os primeiros serviços a serem executados anteriormente à impermeabilização propriamente dita serão:

Preparação da Emulsão: Adicionar à emulsão hidro-asfáltica 10% (não mais de 20%) de água pura.

Agitar muito bem de forma q que toda a emulsão que estiver no vasilhame seja transformada em creme homogêneo, inclusive o material do fundo.

Se o conteúdo de cada embalagem não for consumido dentro de duas horas, é aconselhável proceder-se nova agitação.

Executar o tratamento  convencional das juntas de dilatação, bocais coletores de águas pluviais, todas as tubulações emergentes, etc.

Se necessário, aplicar reforços impermeabilizantes nos ângulos e soleiras de protas.

A aplicação da emulsão deve ser feita com escova apropriada de pita, crina ou de pelo.

Aplicação

Aplicar uma demão de tinta primária de imprimação, preparada como descrito acima, utilizando-se porém, 50% de água para permitir uma boa penetração por capilarização com consumo da mistura de aproximadamente 1 1/m2.  Aguardar a  sua secagem por 6 a 12 horas.

Aplicar uma demão de emulsão hidro-asfáltica preparada com a adição de 10 a 20% de água para um consumo máximo de 700 g/m2. Aguardar a secagem  durante aproximadamente 2 horas no inverno e uma 1 hora no verão.

Aplicar mais de 1 demão nas mesmas condições.

Aplicar em seguida outra demão e estando a mesma fresca, sem qualquer secagem, estender imediatamente o véu de fibras de vidro. Logo em seguida aplicar mais 1 demão da mistura de emulsão da mesma forma e consumo aguardando a secagem de 6 a 12 horas.

Aplicar mais duas demãos nas mesmas condições.

Simples impermeabilizações de pequenas áreas (até 20 m2), podem parar nesta 7a. aplicação. Em impermeabilizações de áreas maiores ou de responsabilidade deve-se intermear  mais um, dois ou até três elementos de estruturação, finalizando sempre com duas demãos de emulsão hidro-asfáltica.

Impermeabilização Asfáltica a Quente

Para receber a impermeabilização, as áreas estarão limpas e secas.

Não  deverão  ser trabalhado, períodos com ameaça de chuvas imediatamente próximas.

Em razão das limitações de temperatura de utilização de  asfalto  quente é de 210 a 160ºC, o transporte vertical ou  o acesso do  asfalto quente ,  deve  ter sido programado com a  coordenação da obra para a prioridade necessária a  respeitar-se as temperaturas limites.

A interdição de trânsito de terceiros sobre as áreas em serviços de impermeabilização e  até que a  mesma  esteja protegida contra ferimentos mecânicos, deve  ser programada com  a coordenação  da  obra.

A mesma interdição e cuidado devem estar previstos com eventuais  trabalhos, outros  realizados acima das áreas em impermeabilização não protegida.

Antes de se iniciar a impermeabilização  propriamente dita, os coletores pluviais, os dutos que atravessam  as áreas, as juntas de dilatação, rodapés e  perímetros etc., devem  ter recebido os  reforços impermeabilizantes necessários e previstos e aplicados de forma defasada. Em toda mudança  de ângulo  as membranas devem  ser aplicadas de  fforma a resultar duplo número de membranas.

Estando  a superfície limpa e  seca,  sem poeira, aplicar: Tinta Primária de Imprimação, Solução Asfáltica

A densidade da  tinta de imprimação será determinada para cada  área em  função da permeabilidade da  superfície.

Aplicação a frio com  esfregalho,  friccionando-se  muito bem de forma a ir sendo  removida eventual poeira residual.

O consumo previsto é da ordem  de 500 a 700 gr/m2.

Após a aplicação, aguardar a perfeita secagem  da tinta,  o que ocorre  em aproximadamente  16  horas.

Veja continuação no próximo post

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