Revestimento de Pisos: Normas Gerais De Execução 4

Pisos de Placas de Aço

Para solicitação a pancadas  fortes e  calor intenso ( p.ex. oficina de laminação  fornos entre outros ), onde nenhum  material convencional teria condições  de  resistir,  deve-se colocar placas  de aço (eventualmente  com zincado térmico, no caso de existir  agentes químicos).

A laje de concreto da base  deve estar  construída para agüentar o peso morta e as pancadas. Sobre  ela  estende-se a argamassa de 300 Kg/cimento/m3 de  areia consistente , devendo a  espessura da mesma depender do tamanho das asas e  ancoragem  das placas.

As juntas  entre  as placas não devem ultrapassar 5 mm.

Conforme for avançado a colocação,  deixa-se  limpa  a superfície e as  juntas  ligeiramente rebaixadas. As placas sem zinco devem ser  ligeiramente engraxadas após a cura,  que durará de  2 a  3  semanas.

Salvo  indicação contrária em projeto, as placas  deverão ser de fabricação  da  Mangels, tipo  Maxipiso.

Pisos de Pedras e Concreto

1.  Piso Pavistar

São paralelepípedos de concreto para ruas, pátios, passeios, depósitos,  etc. sem piso falso. O leito  deve ser previamente compactado em profundidade. O assentamento é  feito sobre  coxim  de areia,  alinhado nos dois  sentidos,  compactado com vibradora, podendo ser rejuntado com asfalto.

Tipo    Médio    Leve     Pesado
Dimensões    20 x 20x 5 cm     20 x 20 x 7 cm    24  x 12 x 10 cm
Sobrecarga    Até  3 t/m2    Até  3 t/m2    Até  2 t/m2
Aplicação    Passeio    Rua,  depósito    Trânsito pesado  e alta  velocidade

Não tendo amarração lateral, o, pavimento é  removível e re-usável.

2.  Piso Stelcon

São placas  de concreto,  especialmente usadas  para depósitos em  solos de pouca resistência. Nas dimensões entre 1,50  x 1,50 m e 2,00 x 2,00 m, com espessura aproximada de 115 cm, duplas  cantoneiras  em L 1 x 1/2 “  x 1/8” na parte  superior  e furos para garras , de  preferência pré-fabricados de  concreto com pedra de argila expandida.

A  colocação é feito sobre o  solo previamente compactado, com coxim de areia e  com um  guincho.

Não possui  amarração lateral,  sendo removível para  reajuste.

3.  Piso  de Paralelepípedos

Ver  especificações dos materiais e caracteristicas de cada solo.

Granito Natural, Marmorite, Cacos De Mármore, Placas De  Mármore, De  Arenito, Mosaico Português

1. Granito Natural

As placas devem ser  assentadas com argamassa  de  cimento e areia 1:4, com 100  Kg de cal por m3 e já devidamente polidas e com  arestas perfeitamente esquadrejadas.

Deve-se respeitar toda e qualquer peça empenada, brocas ou outros defeitos que interfiram na  resistência do material.

A  espessura do piso deve variar entre 2 e 4 cm,  conforme sua utilidade.

Pode ser: preto tijuca  (levigado ou polido)
Cinza (levigado ou lustrado)
ouro velho (levigado ou  polido)
verde ubatuba

Logo que  seja  entregue o serviço, este deve ser protegido contra impactos e passagem de pessoal,  com  uma camada  de aniagem envolvida em  gesso.

2 . Mármore

Os pisos  de mármore devem obedecer estritamente às indicações contidas nos desenhos de detalhes ou nas especificações complementares.

A declividade para escoamento de água, quando for o caso, deve ser determinada nos desenhos  de detalhes ou nas especificações complementares.

Os pisos devem ser entregues perfeitamente polidos a máquina com esmeril e lustrados com sal de azedas (oxalato de potássio) e cera incolor virgem ou com chumbo, conforme indicado em limpeza geral e nos pisos de mármore.

A colocação deve obedecer  às especificações do item E.25.25.10 -1.

3.  Marmorite

Os pisos de marmorite devem obedecer  às disposições contidas nos detalhes que acompanham cada projeto ou nas especificações  complementares quanto à colocação, formato de painéis, granulometria e qualidade do mármore a empregar.

O tamanho dos painéis não deve ser inferior a 1,00 m.

As juntas devem ser de latão ou plástico, com dimensões  adequadas para cada caso, não podendo, entretanto, ser inferiores a 1,0 mm de espessura e 2,5 mm de largura.

As superfícies a pavimentar, depois de limpas e molhadas, devem ser regularizadas com uma camada de base  de argamassa no traço 1:3, com espessura variável em função da granulometria do mármore triturado, porém nunca inferior a 0,012 m.

Sobre a camada da base é lançado o composto de marmorite, o qual deve ser bem espalhado, comprimido  e batido, podendo-se semear marmorite triturado na superfície, a  fim de diminuir o espaçamento entre os grãos.

A seguir a superfície  deve ser comprimida com rolo de 50 Kg no mínimo e alisada  com régua metálica e  colher.

Decorridos oito dias, dá-se o primeiro polimento a máquina, com  esmeril nº 40 e 120, sucessivamente.

Havendo falhas, estas devem ser corrigidas com marmorite igual ao usado porém mais claro, a fim de  se  evitar diferenças devido à  descoloração.

Procede-se então, o novo polimento a máquina, com esmeril 120, e lustra-se com  sal de azedas (oxalato de potássio)..

4. Cacos de Mármore

Tamanhos irregulares, na espessura de 2 cm, sobre lastro de concreto regularizado com argamassa de cimento e areia 1:4. As juntas de dilatação e acabamento  de piso (estucamento, polimento a  máquina, etc.) devem seguir as especificações de piso de marmorite, no que couber.

As juntas de dilatação podem ser de latão ou plástico  na medida de 3/4” x 1/8 “.

5. Placas de Arenito

Devem ser assentadas com argamassa de cimento e areia 1:4, juntas tomadas com a mesma argamassa. O terreno deve ser previamente regularizado, fortemente apiloado e  depois receber uma camada de concreto com a resistência de 150  Kg/m2.

A espessura mínima das placas deve ser  de 3 cm.

Podem  ser brutas, regulares, esquadrejadas ou polidas.

6. Placas Prensadas de Mármores

As lajotas de granito ou mármore pré-moldadas, são prensadas hidraulicamente nas dimensões de 25  x  25, 33 x 33 e 40 x 40 cm.

O material deve ser fornecido já polido, sem empenamentos e arestas vivas e sem desbeiçamentos.

As lajotas devem ser prensadas hidraulicamente com o mínimo de 200 t e em sua constituição as granas devem ser de mármore ou granito nos tamanhos especificados no projeto.

A argamassa de base deve ter, na sua composição, areia  ou pó de  pedra e cimento na proporção de  1:3.

A capa da peça é formada com argamassa de  cimento branco ou comum com granas 00,  1,2,  3 e 4 na proporção de 1:2,  conforme especificações.

A argamassa de colocação deve ser no traço 1:3 de cimento e areia com adição de 100 Kg de cal por m3 de  argamassa.

O assentamento das lajotas deve ser  feito em toda a extensão da lajota, sem deixar nenhum vazio e  com juntas  de no máximo 1,5 mm.

O rejuntamento deve ser executado com cimento branco após 48 horas desde a colocação, não  sendo permitido o  tráfego sobre o piso neste período.

Após concluído o  serviço de colocação, as lajotas  devem ser polidas  para retirar algum excesso de argamassa ou saliências que resultarem na colocação.

A limpeza deve ser feita, de preferência, com sabão neutro ou detergente em pequena proporção. Os detergentes utilizados não podem conter ácidos ou soda. Logo após , o piso deve ser encerado e lustrado.

7. Mosaico Português

As pedras de basalto (preto) e calcáreo (branco) devem obedecer, em seu assentamento, aos desenhos  apresentados.

As juntas devem ser uniformes e a superfície perfeitamente plana.

Quando a base for de  saibro, o mosaico deve  ser assentado diretamente sobre ela.

Quando for de concreto, o assentamento deve ser  feito com argamassa seca, de cimento e areia, traço 1:3, aplicado  à base e molhando-se durante  a sua execução.

O mosaico deve ser coberta por uma  camada de areia fina que deve ser  molhada durante os primeiros cinco dias.

Critérios de Medição

1. Critério Geral para Pisos

Salvo os pisos indicados abaixo (itens 2  e  3), a  medição dos pisos em geral deve  ser feita pela área real – m2.

2. Capeamento com Argamassa de Cimento e Areia 1:3

Medição pela área calculada, não se descontando interferências iguais ou inferiores a 0,30 m2, acima de  0,30 m2, deve ser descontado apenas o que exceder esse  valor – m2.

3. Piso plástico Monolítico

Medição pela área calculada do piso, acrescentando-se a área proveniente  do desenvolvimento real do  rodapé – m2.

2 Comentários
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  1. Gostei do desenvolvimeto das matérias, porém, não vi nenhuma alusão quanto ao cimento utilizado para execução do marmorite.
    Solicito o favor de esclarecer-me se o piso de marmorite pode ser fundido com cimento branco e se existe algum incoveniente em utiliza-lo.
    Obrigado e espero retorno o mais breve possível.
    Airton Melo
    Engenheiro do Ministério da Saúde.

  2. Respostas
    Mayra Rodrigues Silva 09/04/2010 as 10:33

    Tenho uma dúvida em relação ao resíduo produzido no lixamento do piso de marmorite. Após o lixamento, forma-se uma nata do pó do lixamento misturada à água, usada para evitar poeira. Essa nata fica sólida, mas esfarelada. Onde podemos reaproveitar esse material, e se não tiver jeito de reaproveitar, qual a destinação final para o mesmo?

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