As vantagens de construir com drywall

Além da rapidez e da agilidade, a tecnologia construtiva deste material, que vem sendo amplamente utilizado em grandes empreendimentos, cumpre todos os requisitos de acústica, resistência mecânica e comportamento ao fogo expressos na Norma de Desempenho de Edificações (ABNT NBR 15575), em vigor desde 12 de maio desse ano.


Além da rapidez e da agilidade, a tecnologia construtiva deste material, que vem sendo amplamente utilizado em grandes empreendimentos, cumpre todos os requisitos de acústica, resistência mecânica e comportamento ao fogo expressos na Norma de Desempenho de Edificações (ABNT NBR 15575), em vigor desde 12 de maio desse ano.

Essa norma traz um avanço: determina os índices de desempenho mínimo, intermediário e superior dos sistemas construtivos e seus componentes ao longo de sua vida útil, enquanto as anteriores apenas prescreviam as características de cada material.  Esse novo conceito coloca o drywall em vantagem, “devido à sua modernidade”, afirma o Eng. Luiz Antonio Martins Filho, gerente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall.

Criado há mais de um século nos Estados Unidos o material passou a ser utilizado regularmente há mais de 80 anos na Europa: “Com isso, estava plenamente desenvolvido em termos tecnológicos ao chegar ao Brasil, ainda na década de 1970, e principalmente a partir de meados dos anos 1990, quando teve seu uso intensificado no país. Apenas foi necessário adaptá-lo à nossa realidade por meio da elaboração de normas técnicas e ensaios locais, processo já concluído com êxito”, explica Martins.

O sistema

Uma das mais modernas tecnologias da construção civil, é utilizado na execução de paredes, forros e revestimentos, substituindo a alvenaria tradicional com a vantagem de não ser um processo artesanal e sim um sistema construtivo testado e aprovado com base nas normas da ABNT. Oferece facilidade de reparos e fixação de objetos, flexibilidade de layouts, conforto térmico e acústico.

A questão acústica

A Norma de Desempenho estabelece níveis de redução sonora mínimo, intermediário e superior para paredes que separam unidades autônomas (dois apartamentos, por exemplo) e paredes que separam unidades das áreas comuns (entre sala ou quarto de apartamento e área externa). Uma parede drywall com 120 mm de espessura, composta por estrutura com perfis de aço galvanizado de 70 mm de largura com duas chapas de cada lado e lã mineral no interior isola de 50 a 52 decibéis e, assim, atende aos níveis mínimo e intermediário em praticamente todos os casos. A utilização do sistema permite obter diferentes graus de isolamento sonoro, ajustando-se de acordo com a necessidade do projeto. Um exemplo: praticamente todas as modernas salas de cinema multiplex instaladas em shopping centers de todo o país desde o final dos anos 1990 têm paredes executadas com essa tecnologia.

Conformidade

O comportamento do drywall em relação aos diferentes quesitos da Norma de Desempenho é explicado pelo consultor técnico da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall, Carlos Roberto de Luca, que esclarece: “Para que os desempenhos especificados sejam alcançados, deve ser obedecida a Norma de Projeto e Montagem desse sistema (ABNT NBR 15758), que oferece todas as orientações para a correta aplicação da tecnologia drywall em várias situações”. Alguns exemplos são apresentados a seguir.

Segurança estrutural – de acordo com ensaios realizados pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, todas as paredes drywall especificadas na NBR 15758 (desde a mais simples, com 73 mm de espessura, composta por estrutura com perfis de 48 mm de largura e uma chapa para drywall com 12,5 mm de cada lado) atendem a Norma de Desempenho no que diz respeito a: estabilidade e resistência estrutural; deslocamento e fissuração; solicitação de cargas provenientes de peças suspensas; impacto de corpo mole; impacto de corpo duro; e ações transmitidas por impactos nas portas.

Comportamento ao fogo – o Corpo de Bombeiros estabelece níveis de resistência ao fogo em 30, 60, 90 ou 120 minutos, dependendo do tipo de edifício e da utilização de cada espaço interno. Uma parede com 73 mm de espessura se enquadra na categoria CF 30 (ou seja, corta-fogo 30 minutos). Já uma parede CF 60 (corta-fogo 60 minutos). Essas duas paredes atendem a praticamente a totalidade das paredes residenciais. Paredes com resistência a 120 minutos são montadas com estrutura de 70 mm, cntendo duas chapas resistentes ao fogo (com 15 mm de espessura) de cada lado.


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