A arquiteta Patricia Penna relaciona o que precisa ser considerado na hora da escolha do móvel, bem como inspirações com base em seus projetos
Considerada indispensável no projeto de um dormitório, a mesa de cabeceira desempenha um papel importante na decoração e organização do ambiente, servindo como apoio ao lado da cama. Porém, frente às inúmeras opções, a definição pode ser uma tarefa mais simples do que pode parecer. Além dos mais variados estilos e materiais, a peça deve respeitar as dimensões do ambiente e, sobretudo, precisa atender às necessidades dos moradores.
“A mesa de cabeceira não desempenha apenas a função decorativa. É preciso que o móvel reúna design, estética e que disponha de espaço para acomodar aquilo que faz parte da vida do cliente”, explica a arquiteta Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura & Design. A profissional ainda destaca a relevância da peça estar alinhada com o décor, visando uma composição visual agradável.
Para que a escolha do modelo seja feita da melhor forma, a profissional listou algumas dicas importantes. Confira!
Quais as medidas ideais?
A altura padrão de uma mesa de cabeceira é de 55cm, porém a referência é que esteja alinhada com o colchão ou até 10cm mais baixo, evitando que possíveis acidentes. Outra valiosa orientação é manter uma circulação mínima de 60cm entre as laterais da cama e as paredes.
Ao projetar este quarto de hóspedes, a profissional inseriu uma mesa de cabeceira, do tipo cômoda. Com três gavetas, o móvel foi executado sob medida para o espaço existente entre a cama e a parede | Foto: Leandro Moraes
Para facilitar no dia a dia, interruptores e pontos de tomada devem ser instalados a uma altura de 75cm, nas laterais da cama. Desta forma, o acesso a eles fica ao alcance dos moradores.
Design: como escolher?
Com relação ao design, a sugestão da arquiteta é que o modelo ‘converse’ com a proposta do décor. Ou seja, se o dormitório segue um estilo mais clássico, mesas de cabeceira em madeira, por exemplo, podem ser um bom caminho a seguir. No contraponto, o mobiliário colorido se revela como uma possibilidade excelente para acrescer personalidade em um cômodo com tons de base neutra.
Com uma decoração baseada em tons mais sóbrios, a mesa de cabeceira deste quarto oferece apoio para as duas camas de solteiro alocadas lado a lado. Quanto ao design, um mix entre uma base de serralheria, gaveta com material que emula uma pele animal e o tampo em vidro | Foto: Leandro Moraes
Para este quarto de criança, que tem um décor lúdico e minimalista, ao mesmo tempo, a mesa de cabeceira foi realizada em madeira clara, assim como o conjunto de cadeira com mesa redonda. Com nicho e gaveta, permite que sejam expostos itens de decoração, como também funciona para armazenar livros e brinquedos, por exemplo | Foto: Leandro Moraes
“Quando a ideia central de determinado projeto segue uma linguagem mais leve e delicada, eu gosto de seguir para um design mais clean, que fuja do convencional e do estilo mais fechado”, discorre a arquiteta. Uma opção bastante válida para essas ocasiões é o modelo suspenso, que traz leveza ao ambiente. Além disso, em áreas mais compactas, é a solução perfeita, já que propicia uma área livre na parte inferior para alocar um pufe e caixas organizadoras, entre outros itens.
Em acabamento metálico, as mesas de cabeceira foram embutidas no painel, de modo que ‘flutuassem’, permitindo, assim, mais espaço na circulação, além de evidenciar graciosidade ao ambiente | Foto: Leandro Moraes
Sobre Patrícia Penna
No mercado há mais de 20 anos, a arquiteta Patrícia Penna é destaque de mostra de decoração no Brasil e no exterior. Com a equipe multidisciplinar que faz parte do escritório Patrícia Penna Arquitetura & Design, assina projetos de arquitetura e design de interiores nas áreas residenciais, corporativos e institucionais. Seu principal objetivo é atender às expectativas de cada cliente, traduzindo seus anseios e concretizando-os. Transitando por estilos variados, trabalha com grande apuro e cuidado ao lado da equipe para atingir um resultado marcado pelo ecletismo e, sobretudo, pela identificação particular de cada cliente com o seu próprio projeto.
Patrícia Penna Arquitetura & Design
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