Queridinhos na arquitetura de interiores, os nichos otimizam o espaço e ajudam a manter todos os produtos de higiene pessoal sempre à mão e organizados. Arquitetas do Studio Tan-gram explicam o que precisa ser decidido e detalhes da execução.
Auxiliando na organização e otimização de espaço, os nichos embutidos para a área do box vem ganhando cada vez mais destaque na decoração de interiores. Isso porque, além de prático, as aberturas agregam charme, além de oferecer soluções personalizadas, de acordo com a necessidade de cada cliente. Além de diversas opções de tamanho, formato e acabamento, eles substituem perfeitamente as antigas e pequenas prateleiras de canto – quem não se lembra dos modelos com estrutura de metal e vidro? – e dão um toque extra de modernidade e elegância aos projetos.
“A execução do nicho é altamente funcional, simples de ser executado durante a reforma e, sem dúvidas, uma tendência a ser implementada em todos tamanhos e estilos de banheiro”, revela a arquiteta Monike Lafuente, sócia do Studio Tan-gram ao lado da também arquiteta Claudia Yamada. “É muito prático ter os seus produtos em um acesso facilitado. Mas, para alcançar um resultado perfeito, devemos observar alguns cuidados indispensáveis”, complementa.
O que é preciso saber antes de construir o nicho?
Antes de tornar o sonho do nicho embutido no box uma realidade, algumas precauções são pertinentes. Em primeiro lugar, é primordial avaliar a parede antes da abertura do vão: por precaução, o profissional de arquitetura deve saber se existe espessura necessária para ser quebrada ou se não se trata de uma parede estrutural, de fachada ou pilar. “No caso de prédios, não podemos iniciar os trabalhos antes de obter autorização da construtora ou do condomínio”, reitera Claudia. Após realizar todas as verificações, o quebra quebra só pode acontecer depois de definir marcações que indicarão, altura, largura e profundidade do elemento.
Como escolher a parede ideal?
A regra para a escolha ideal é relativamente simples: quanto mais distante do chuveiro melhor! “A parede oposta ao chuveiro costuma ser ideal, pois assim evita-se que o nicho receba muita água, tornando até mesmo a limpeza e manutenção mais fácil. Nada de sabonete submerso na água e se desfazendo”, pontua Monike. No que se refere a acabamentos e revestimentos, as arquitetas explicam que a gama de opções é variada: pedras naturais, porcelanato, revestimento cerâmico, metálicos e, até mesmo cimento queimado podem ser empregados – desde que sejam resistentes à água ou impermeabilizados para evitar infiltrações.
Medidas
No que diz respeito às dimensões, as arquitetas compartilham a ideia da personalização, desde que realizadas de acordo com os padrões da arquitetura de interiores. Do chão ao nicho, a altura considerada padrão é de 90 cm, assim, a abertura estará em uma configuração confortável para moradores de diferentes estaturas. No vão propriamente dito, as medidas mínimas são de 40 cm de altura x 50 cm de largura, com uma profundidade entre 10 e 15 cm. “Ajuda muito quando a parede é mais espessa, pois assim conseguimos obter um nicho de maior profundidade, ampliando entre 15 e 18 cm. Quando isso não é exequível, podemos trabalhar com menos de 10 cm e avançar com a peça para fora da parede”, soluciona Claudia.
Impermeabilização
Uma outra dica valiosa das arquitetas é impermeabilizar e vedar muito bem o nicho para evitar o risco de infiltrações por toda a parede. Quando essa prevenção não é considerada, a água que penetra o interior pode causar mofos, fungos, manchas, estufamento do revestimento e até mesmo graves problemas estruturais. “O período de obra é considerado o momento crucial para investirmos em soluções inteligentes e que aumentem a durabilidade do projeto. Por isso, a impermeabilização e vedação correta do nicho é tão primordial”, finaliza Monike.
Sobre Studio Tan-Gram
Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças geométricas capazes de formar até 5 mil formas diferentes. Inspirado nesta pluralidade, versatilidade e criatividade surgiu o nome do escritório, liderado pelas arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada. A arquitetura que concebem e acreditam se estrutura na multiplicidade de soluções, adaptabilidade ao usuário-espaço e renovação de conhecimento contínua. São espaços desenvolvidos para o ser humano e, portanto, cada desafio traz uma solução individual.
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