Como Projetar Espaços Integrados e Inteligentes?

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Não basta fazer um projeto porque está ou não na moda, é necessário analisar o espaço disponível e modo de vida de cada cliente.

Na última mesa do Seminário Notícias do Design Internacional, realizado pelo Senac São Paulo com o apoio do Núcleo de Decoração, a discussão foi sobre espaço e abordou todas as suas perspectivas e intenções. Silvia Grilli, consultora do Sindicato da Indústria Moveleira de São Paulo, falou sobre um ambiente bem familiar: a cozinha.

Ela destacou dois fortes conceitos que encontrou na principal feira do setor, em Milão, as ilhas multifuncionais e a integração com outros ambientes. Este último, foi apresentado de forma mais madura que nos anos anteriores onde era desenvolvido com a simples eliminação de paredes.

Integrar hoje se tornou mais fácil graças ao desenvolvimento de novos produtos que propiciam praticidade. Um exemplo é o piso, que passa a ser utilizado na sala de estar e na cozinha, por suportar melhor a agressividade da gordura e da umidade sem deixar a beleza de lado. Para ter madeira no chão de toda a casa os fabricantes de cerâmica e de porcelanato, por exemplo, apostaram em peças que imitam a estética e o toque deste material. As geladeiras também ganharam acabamentos sofisticados e permitem uma integração elegante.

O aconchego é cada vez mais valorizado e por isso as características da madeira são reproduzidas em outros materiais e os equipamentos em aço escovado perdem a vez. “As cozinhas tornam-se espaços de bem-estar na casa. Um ponto de convívio que exige materiais resistentes e fáceis de limpar”. Segundo a consultora, é preciso ter um olhar crítico sobre esses domínios na arquitetura. “Não basta fazer um projeto porque está ou não na moda, é necessário analisar o espaço disponível e modo de vida de cada cliente”, completou.

Como exemplo, mostra que para uma família com dois filhos é necessário projetar armários que comportem cerca de 250 kg para estocar alimentos, utensílios e eletrodomésticos. Muitos projetos não comportam esta necessidade. Neles, segundo Silvia, é preciso considerar o aproveitamento do espaço, a organização funcional e a qualidade da movimentação (trajeto curto, sem curvas).

Ela considera que no mercado ainda há ausência de produtos que viabilizam os novos projetos de cozinha. Entre os exemplos, cita o conceito de Ilha, onde falta espaço para armazenamento e para os eletrodomésticos. “Os profissionais ainda precisam quebrar muitas barreiras para viabilizar seus projetos. Para cozinhas integradas com a sala, por exemplo, precisam derrubar paredes e não há lugar para colocar os armários”, destaca.

Exposição

Preencher, mexer e qualificar um espaço com o objetivo de valorizar a vida foi a proposta apresentada por Agnaldo Faria, arquiteto, ao falar sobre expografia – o arranjo das obras dentro de um ambiente. No cenário internacional há uma maior complexidade na composição das mostras. Elas se transformam, cada vez mais, em entretenimentos prazerosos, planejados cuidadosamente, e impressionam pela qualidade das mesas, das paredes, do bar etc. O refinamento do lugar repercute bem.

“Cabe ao Designer ou Arquiteto a sensibilidade de trabalhar materiais e formas adequadas em uma exposição de modo que os espaços não briguem com as obras de arte. As obras sejam elas quadros, esculturas ou instalações têm a função de nos fazer olhar para as coisas de uma forma melhor, de sonharmos melhor. Por isso, um projeto bem feito é capaz de ajudar a obra a nos despertar esses sentimentos e não o contrário”, ressaltou Faria. Segundo ele, hoje é dada maior importância ao fato de se viver cercado por coisas belas, inteligentes e estimulantes. Dentro da casa, as obras de arte também devem oferecer fruição estética, ultrapassar a funcionalidade e apelar para os sentidos, atraindo o olhar.

Neste sentido, a casa deve ser pensada como o “seu lugar”, onde deve ser levado o que há de melhor. “Pessoas que não se relacionam com a arte se deixam influenciar por obras de consumo fácil para combinar o sofá com a sala – mesmo que este seja de design caro e sofisticado”, afirma Agnaldo Farias.

Arquitetura Reciclável

Marcelo Suzuki, também arquiteto, ( foto acima a direita ) apontou uma tendência presente em vários países do mundo: descartar projetos arquitetônicos de lojas sejam elas de shopping ou de ruas, próprias ou franqueadas, multimarcas ou de grifes exclusivas, globais ou regionais. “Atualmente, um projeto de decoração dura em média três anos, o que nos leva a pensar em alternativas para materiais ao mesmo tempo duráveis, devido ao fluxo de pessoas nesses locais, como também reaproveitáveis já para as futuras obras”, alertou.

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Fonte : Núcleo de Decoração

 

2 Comentários
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  1. estou entrando no mercado de armários planejados e gostaria de receber informações sobre novidades e tendência desse mercado,obrigado.

  2. tenho um espaço de 6.0 metros quadrados e nele gostaria de sendo que 2,10 sao do banheiro e uma cozinha de 4,0 mts aproximaddamente gostaria de fazer uma sala e coinha integrada e um banheiro nesse espaço seria possivel ? obrigada pela atençao

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