Aconteceu em José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, a sexta edição Feira Internacional da Indústria da Madeira, Móveis e Setor Florestal (Femade), que nesta edição, contou com o seminário “O Uso Sustentável da Madeira”.
No Brasil estima-se o consumo de madeira serrada em 22 milhões de metros cúbicos por ano. Desse total, apenas 20% ou 4,4 milhões de metros cúbicos, vão para a construção. O maior consumo é do setor de embalagens.
Não é de hoje que a Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM) aponta o fator cultural como sendo diretamente ligado à saúde do setor industrial-madeireiro nacional. Desses 4,4 milhões de metros cúbicos, o volume representado pela madeira de reflorestamento tratada que se destina à construção civil é ínfimo, não chega a 3%. O Brasil sempre esteve acomodado pela enorme disponibilidade de madeiras nativas, os custos eram muito acessíveis e as madeiras com excelentes características tecnológicas. A abundância foi durante muito tempo uma verdadeira barreira ao maior desenvolvimento tecnológico relacionado ao uso da madeira em sistemas construtivos no Brasil. A exploração extrativista vinha dilapidando esse patrimônio e, ao mesmo tempo, não se desenvolviam em quantidade e qualidade necessárias estudos para usos adequados das madeiras nativas e cultivadas tratadas.
A ABPM está empenhada em ajudar a corrigir as distorções no menor tempo possível, com a introdução de um exclusivo Selo de Qualificação. Com o apoio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), a Associação desenvolve um projeto de qualificação da unidade industrial e da madeira tratada para o mercado. Dentro de um programa voluntário, as unidades industriais do setor serão auditadas quanto aos aspectos técnicos e legais e a ABPM, como entidade orientativa, procurará apoiar as empresas associadas na superação das não-conformidades, providenciando as adequações necessárias que as credenciem ao selo.
