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Design de Interiores: até onde a era digital pode ajudar e atrapalhar um profissional?

O Design de Interiores passou por muitas mudanças nas últimas décadas, principalmente quando envolve o conceito de novas tecnologias. Essa questão não está apenas relacionada aos novos tipos de produtos que surgem no mercado, mas também à influência da era tecnológica no trabalho do profissional de design, que atualmente é muito mais dependente do computador do que no passado. Essa tendência também se reflete nas salas de aula.

“Hoje em dia é difícil você ver um profissional fazendo manualmente o desenho de um projeto, pois existe uma série de novos softwares que auxiliam essa etapa do trabalho. Mas isso não significa que a técnica manual deve ser deixada de lado”, avalia a arquiteta Eliane Canhoto, coordenadora do curso técnico de Design de Interiores do CEPDAP (Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões).

De acordo com Eliane, apesar de muitas escolas investirem no aprendizado de novos softwares e de algumas até terem retirado a disciplina de desenho dos cursos de design, o aprendizado manual ainda é muito importante para garantir uma boa base curricular ao futuro profissional.

“Aprender técnicas para desenvolver o desenho manualmente ainda é uma das principais bases do curso. Nela o estudante pode ter noção de disposição espacial e saber ajustar os elementos no ambiente, sem o auxílio de um programa de computador. Isso também faz com que ele consiga desenvolver diversas habilidades e imaginar o projeto antes mesmo de colocá-lo no papel”, esclarece.

Layout Museu - Desenho produzido por alunos do curso de Design de interiores (Foto: Divulgação)

Layout Museu – Desenho produzido por alunos do curso de Design de interiores (Foto: Divulgação)

Perspectiva - Desenho produzido por aluno do curso Design de interiores (Foto: Divulgação)

Perspectiva – Desenho produzido por aluno do curso Design de interiores (Foto: Divulgação)

Outra questão abordada pela coordenadora é que o desenho estimula a criatividade do profissional, pois ordena e estrutura as ideias que serão transpostas para o projeto.

“O desenho manual agiliza o processo de desenvolvimento, pois ele vai fixar, comparar e assimilar imagens, memorizando ideias, que poderão também ser usadas futuramente. A técnica reforça e dá suporte ao pensamento criativo. O processo de criação, em função de sua rapidez, facilita o desdobramento de novas ideias e formas ainda não pensadas”, explica.

Além disso, em muitos casos ainda é essencial que o profissional saiba realizar o projeto manualmente e, se não tiver aprendido a técnica, pode deixar passar oportunidades na área.

“Às vezes, pode acontecer de o cliente pedir para que seja feito um esboço no ato da visita ou, então, a queda de energia e problemas no software podem atrasar o desenvolvimento do projeto. São diversas as possibilidades em que o designer pode ser testado a mostrar suas habilidades manuais. Por isso reforçamos a importância da disciplina para os estudantes”, afirma a coordenadora.

O CEPDAP está com as matrículas abertas para o curso técnico em Design de Interiores. O curso é credenciado pela Associação Brasileira de Design de Interiores (ABD) e pelo CREA-PR. A capacitação prepara o profissional para desenvolver projetos exclusivos, de acordo com a necessidade de cada cliente e com preocupação ecológica. Mais informações pelo telefone (41) 3029-4044.

1 Comentário
  1. adorei esse artigo sobre designer de interiores o meu unico problema é que não consigo fazerdesenhos muito bons

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