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Coberturas: Normas Gerais De Execução 1

Os  telhados devem ser executados  de acordo com o projeto de detalhes, podendo sua estrutura ser de madeira, metal ou concreto armado.

No caso de estruturas de madeira, devem ser observadas a NB-11 e  as especificações do capítulo seguinte destas  especificações.

No caso de estruturas de aço, devem  ser observadas as normas estabelecidas pela NB-14 e as especificadas nos capítulos seguintes destas  especificações.

No caso  de estruturas de concreto, devem ser observadas  as normas estabelecidas pelas  NB-5 e EB-130 e as especificações dos capítulos seguintes  destas especificações.

As estruturas de talhados podem apoiar-se diretamente sobre as lajes (ou  vigas) de concreto armado de forma, as quais devem ser calculadas prevendo sobre carga.

Estruturas de Madeira

As estruturas dos telhados podem apoiar-se diretamente sobre as lajes (ou vigas) de concreto armado de  ferro, as quais devem ser calculadas prevendo tal sobrecarga.

O madeiramento dos talhados deve ser peroba rosa (ou peroba do campo), massaranduba ou na falta dessas, quaisquer outras espécies de madeira de primeira qualidade equivalentes, cuja aceitação fica a juízo da Fiscalização.

As terças só devem ser emendadas  noss  seus apoios sobre as asnas das tesouras ou sobre pontaletes, conforme o caso.

As ligações da linha da tesoura com as asnas e com o pendural devem levar estribos ou braçadeiras de ferro com parafusos e porcas de ajuste, podendo ainda, serem executados por meio de tábuas de peroba de 1”  de espessura, cavilha de Ipê  ou cabreúva  de  diâmetro máximo  3/4” no mínimo.

As  emendas eventualmente necessárias na linha de  tesoura , deve levar  sempre talas de chapa de madeira ou metal , fixadas com parafusos de ferro de ½” de diâmetro  mínimo, ou cavilha de ipê (ou cabreúva) de 3/4“  no mínimo.

As superfícies das sambladuras, conexões emendas devem ser tão simples quanto possível, apresentado perfeito contorno e permitindo satisfatória justaposição  das faces  de contato.

As estruturas  de madeira aparente, devem ser pintadas com  duas demãos de óleo ou tinta impermeabilizante (proteção contra a deteriorização  da madeira).

As operações objetivando ligações,  tais como perfurações,  escavações, rachaduras e frezamentos devem ser feitos a máquina, a fim de se obter perfeito ajustamento  das peças.

Deve ser rejeitada toda peça que apresente  nós,  rachaduras, brocas, empenamentos excessivos, ou quaisquer outros  defeitos que possam comprometer a resistência da  madeira.

Não se deve admitir, para tesouras  duplas, o emprego  de tala única, solidarizando  as  duas peças sujeitas a flambagem.

Estrutura de Aço

Todas as peças devem ser fornecidas à obra  com uma demão de tinta anticorrosiva sendo  a pintura final aplicada após a montagem da estrutura.

Nas coberturas com estruturas de perfis metálicos, deve-se observar os seguintes critérios:

1.     Cálculo dos  Esforços  Solicitantes

Neste cálculo, a ser feito de acordo com os princípios da  estatística das construções, devem ser consideradas as seguintes influências, além de outras que possam ocorrer em casos especiais: cargas permanentes, cargas acidentais  incrementos dinâmicos das cargas acidentais, temperatura, vento, atrito no apoio e deslocamento das fundações.

2.     Esforços

As tensões nas seções críticas de  estruturas  e nas ligações não devem ultrapassar as seguintes tensões admissíveis:

2.1. Compressão e Tração

A tensão admissível de tração ou compressão  para o aço  PA-42 deve  ser de 1.500 Kg/cm2.

2.2. Cizalhamento

A tensão admissível de  cizalhamento do aço PA-42 deve ser de 900 Kg/cm2.

2.3. Rebites

As tensões admissíveis para os parafusos devem ser: ao cinzalhamento 1.200 Kg/cm2 e à tensão 500 Kg/cm2.

2.4. Parafusos Ajustados

As tensões admissíveis para os parafusos dever ser: ao cinzalhamento 1.050 Kg/cm2 e à tração na flexão 1.000 Kg/cm2  .

2.5. Tirantes de Ancoragem

A tensão de tração admissível para que os tirantes de aço deve ser 1.000 Kg/cm2.

2.6.     Flechas Admissíveis
As  flechas admissíveis devem ser:

Terças com vão menor que 5 m:    1/200
Terças com vão  maior que 5m:     1/300
Outras vigas:            1/300
Vigas em balanço:            1/250

3.     Ligações

As ligações entre as diferentes peças componentes da  estrutura devem ser feitas por meio de rebites, parafusos e  solda.

4.     Ligações Rebitadas

O aço a ser empregado nos rebites, assim como os elementos básicos, tais como a forma da cabeça, comprimento bruto, furação e cravação,  devem obedecer ao  estabelecido nas Especificações Brasileiras PNB-14R.


5.     Diâmetro do Furo

Para efeito de cálculo, o diâmetro do  furo deve ser 1,5 mm maior que o diâmetro do rebite.


6.     Ligações Mínimas

Nenhuma ligação  deve ter menos que dois rebites. Numa linha de rebites, em direção  paralela aos  esforços, não  devem ser colocados mais que seis rebites só  deve ser permitido o emprego de duas linhas de  rebites em  abas  de cantoneiras maiores que 100 mm.

7. Ligações  Parafusadas

As ligações parafusadas devem ser feitas com parafusos ajustados, os quais só são permitidos para efeito de montagem. Todas as ligações por parafusos devem ser providas de  arruelas, não podendo os filetes ficar  em contato com os elementos a serem ligados.

8. Disposição Construtiva

A  menor espessura permissível nos elementos componentes de qualquer peça deve ser de 4,8 mm.

8.1.     Distâncias Mínimas

Devem ser observadas as  seguintes distâncias mínimas (d = diâmetro do furo):

Rebites    : 3,0 d
Centro de força    : 2,0 d
Do centro do rebite à borda na direção normal à força    : 1,5 d


8.2. Distância Máxima

A  distância entre  outros rebites não deve ultrapassar 6d ou 12e (e = espessura da chapa).

8.3. Ligações Soldadas

Atualmente  já não são discutidos  suas vantagens,  tendo em vista  a economia do aço e o  melhor aspecto estético das construções com peças soldadas.

AS costuras soldadas devem ter em todas  as superfícies uma zona de fusão livre, a fim de que não exista união  metálica em  todas as partes.

As costuras soldadas não devem ter em parte alguma, grandes incrustrações de escórias ou gases.


9. Execução

9.1 –     Recebimento do Material

O material  recebido na obra deve apresentar-se perfeitamente desempenado. Em qualquer caso, dobras acentuadas ou curvaturas  exageradas devem ser motivo  para rejeição.

9.2 –      Manutenção e Proteção

De modo geral, todas as partes de uma estrutura metálica devem ser de fácil acesso à manutenção. Quando o projeto envolver elementos que uma vez compostos  não sejam mais acessíveis, essas peças devem receber primeiramente meticulosa remoção de qualquer ferrugem incipiente, sendo pintadas  com duas demãos de pintura protetora, de aderência garantida e permanente e de preferência de  cores diferentes. Peças de estruturas que eventualmente posam estar em contato com escória , carvão, cinzas ou material  agressivo, devem ser protegidos com a  espessura  adequada de concreto ou outro material que exclui o contato daquelas substâncias com o aço.

9.3 –     Montagem

É necessário  apresentação de um plano  de montagem para estrutura em aço com vãos livres superiores  a 20 metros ou  sempre que  a  Fiscalização exigir.

Veja continuação no próximo post

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  1. Estruturas de madeira

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