Impermeabilização
Feita a imprimação, o ideal é que as camadas impermeabilizantes determinadas (mínimo previsto da norma 4 camadas de asfalto oxidado entremeando 3 membranas de feltro-asfáltico) fossem aplicadas de uma só vez, naturalmente uma atrás da subseqüente com a distância necessária dos serviços.
Assim, ao final da jornada o trecho estará completo, terminado com as diversas camadas defasadas de 15 cm da outra em todos os lados de continuidade.
Com este procedimento evita-se o efeito prejudicial das chuvas repentinas ou não sobre as membranas já concluídas.
Esta execução correta só é visível em grandes áreas dado ao número elevado de oficiais e equipamentos necessários para uma única obra.
A aplicação da primeira demão de asfalto oxidado do tipo II (ponto de fusão, cerca de 84ºC), ou do tipo III (ponto de fusão cerca de 94ºC), será com esfregalho distribuindo-se o asfalto +/- 10 cm a maior largura do feltro-asfáltico e não mais de 1 metro para a frente.
“Molhar” novamente o esfregalho no asfalto e voltar a distribuir a nova quantidade de asfalto iniciando-se a colagem da membrana do feltro-asfáltico. O esfregalho sempre contendo asfalto vai avançando sobre o encostado no rolo de feltro-asfáltico de forma a aquecê-lo e impregnando-o também com o asfalto quente.
O consumo mínimo na primeira e última demão ou camada de asfalto é de 2 Kg/m2. O asfalto deve formar um pequeno banque quantidade a maior, na frente do rolo do feltro-asfáltico, de forma a não permitir a criação de vazios, bolsas de ar, entre a camada de asfalto e a membrana de feltro..
Em ato contínuo e imediato em que o feltro-asfáltico vai sendo desenrolado este deve ser energicamente friccionado com os pés calçados com alpargatas ou outros processos, para completar a perfeita colagem e libertar eventual ar retido. O ar aprisionado deve ser liberado por furação da bolsa enquanto o asfalto estiver bem quente.
Nas camadas subsequentes o processo repete-se sendo o consumo de asfalto oxidado nas camadas intermediárias no mínimo de 1,5 Kg/m2. As emendas das várias camadas em sobreposição à anterior serão defasadas para não formarem elevações.
A última camada de asfalto oxidado será com o mínimo de 2 Kg/cm2. Para evitar-se a pegajosidade ao tráfego, sobre a última demão de asfalto será polvilhado pó de cimento, caulin ou outro pó, nunca granulos contundentes tais como; pedriscos e areia média, etc.
Proteção Mecânica
a proteção será aplicada pelos próprios impermeabilizadores para evitar-se divisão de responsabilidade ou de reparações desnecessárias.
Esta proteção poderá ser uma camada de argamassa de (transição entre a camada impermeabilizante separadora da estrutura rígida ao piso final também rígido) argamassa constituída de cimento e areia no traço volumétrico de :7 no período de calor de 1:10 no inverno, na espessura de 1 a 2 cm, em lançamento monolítico sem juntas ou ainda por camada de isolantes térmicos também aplicados pelos próprios impermeabilizadores.
Impermeabilização com Eslastômeros
Para aplicação deste tipo de impermeabilização, as superfícies devem apresentar-se regularizadas e uniformes da maneira como ficou descrito acima.
A impermeabilização com o emprego de elastômeros deve esta sempre localizada do lado que recebe a pressão d’água a sua continuidade deverá ser resguardada em todas as partes da estrutura. A superfície a ser impermeabilizada deverá estar regularizada, limpa e seca, sem falhas e materiais desagregados, obedecendo a um caimento mínimo de 1% em direção dos coletores.
Passagens de elementos através da impermeabilização deverão ser evitadas mas quando existentes, serão cuidadosamente detalhadas.
Cantos e arestas devem ser arredondados com raio mínimo de 8 cm.
O elastômero impermeabilizante, à base de policrolopreno (neoprene), será aplicado a rolo em demãos sucessivas.
Para facilidade de controle, as demãos serão de cores diferentes, fazendo-se os eventuais repasses ou reparos na mesma cor, antes da aplicação da demão seguinte. O conjunto deverá conter, intercalada, uma tela de nylon ou de vidro, apresentado uma espessura mínima de 0,7 mm quando seco. Sobre este conjunto serão aplicadas, no mínimo, duas camadas de acabamento à base de polietileno clorosulfonado (hypalon) destinadas a dar maior resistência à intempéreis bem como maior reflexão aos raios solares. A impermeabilização assim executada, poderá ficar exposta desde que não haja trânsito sobre a superfície. No caso de haver trânsito deverá ser providenciada uma adequada proteção mecânica.
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