Normas Gerais para Execução
Antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, devem ser testadas todas e qualquer canalizações ou redes condutoras de fluídos em geral, para verificar a pressão recomendada para cada caso.
As superfícies a revestir devem ser limpas e molhadas antes d e qualquer revestimento. A limpeza deve eliminar gorduras, vestígios orgânicos (limo, fuligem, etc.), e outras impurezas que possam acarretar futuros desprendimentos.
As superfícies de paredes, sem exceção, bem como as superfícies aparentes de concreto, devem ser previamente chapiscadas com argamassa de cimento e areia 1:4, recobrindo-as totalmente.
Os revestimentos de argamassa (salvo o emboço desempenado), devem ser constituídos, no mínimo, de duas camadas superiores (emboço e reboco) contínuas e uniformes.
Deve ser obrigatório o cobrimento das platibandas com chapas de ferro galvanizado ou alumínio, com espessura fornecida pela Fiscalização e pingadeiras laterais, seguindo a inclinação previamente dada ao capeamento executado com argamassa de cimento e areia 1:3.
Nas juntas de dilatação, o eletroduto deve ser embuchado transversalmente com outro eletroduto de bitcla maior, ou com folga prevista para livre movimento.
As paredes internas que envolvam sanitários, cozinhas ou outros compartimentos onde tenham sido aplicadas tubulações de PVC, devem ser revestidas, na face oposta àquela em que se encontram essas tubulações , com emboço de cimento e areia 1:3.
Os cantos externos verticais, executados em massa, devem ser obrigatoriamente protegidos por meio de cantoneiras de ferro ou de alumínio, até uma altura de 1,80, a contar do piso.
Argamassa
1. Emboços
Os emboços só devem ser iniciados após a completa pega das argamassas de alvenaria e chapiscos, colocação dos batentes e conclusão das canalizações embutidas e coberturas.
Os revestimentos devem apresentar parâmetros perfeitamente desempenados, prumados, alinhados e nivelados com as arestas vivas.
No caso de emboço internos com argamassa de cal e areia, a espessura dos mesmos deve ser, em média, de 15 mm; nos pontos em que a irregularidade da alvenaria exija o emboço com espessura superior a 20 mm, deve ser adicionado cimento à argamassa, na proporção de uma parte de cimento para 25 partes e argamassa de cal e areia.
Os emboços externos devem ser sempre de argamassa mista !:4/12.
A recomposição parcial de qualquer revestimento deve ser executada com pereição, a fim de que não apresente diferenças ou descontinuidades.
O cal existente, em pasta, para aplicação em revestimento ou pintura, só deve ser usada pelo menos 3 dias após a extinção e peneiramento a fim de evitar rebentações futuras.
2. Rebocos
Os rebocos só devem ser aplicados após a completa pega do emboço, cuja superfície deve ser limpa através de vassourinhas.
Os panos não concluídos no mesmo dia devem ter os bordos das massas completamente escarificados, a fim de dar perfeita aderência e permitir continuidade da superfície.
As massas devem ser regularizadas e alisadas com régua e desempenaderia, ficando com o aspecto uniforme e com parâmetros perfeitamente planos.
A espessura máxima admitida deve ser de 7mm.
Os rebocos devem ser executados após o assentamento de peitoris e marcos e antes da colocação de alizares, rodapés e lambris.
2.1 – Reboco Pronto
Deve ser empregado composto pré-fabricado, constituído de cimento branco e quartzo moído, de granulação média, sendo a granulometria dominante a da peneira nº 20, com parte da peneira nº 14 e impermeabilizante. Toda amostra deve ser submetida à aprovação da Fiscalização, sendo proibido o uso da lavagem ácida.
2.2 – Reboco Pré-Fabricado
Deve ser empregada a argamassa de boa procedência, de fabricante conhecido e idôneo, com acabamento liso, rústico ou fantasia, conforme especificada no projeto.
A argamassa do material pré-fabricado deverá ser aplicada sobre o êmboco úmido com colher de pedreiro e acabada com desempenadeira.
A espesssura da camada deve ser de, no mínimo, 5 mm.
Não deverá ser empregado este material quando for notada qualquer alteração em suas condições básicas originais.
Revestimento Cerâmico ( azulejo )
Os revestimentos de azulejos, quando não especificados para cada caso particular, deve ter altura de nove fiadas, com arremate boleado de meia peça e calha interna fazendo concordância com a pavimentação, quando indicado no projeto.
Os azulejos, antes de ser empregados, devem ser submersos em água durante 6 horas ,no mínimo.
O assentamento deve ser executado com argamassa de cimento e areia (peneirada), com adição de 100 Kg de cal m3. Verificando-se que a alvenaria onde o azulejo será assentado tem fraca rugosidade, esta deve ser chapiscada com a argamassa do traço 1:4 areia e cimento.
A colocação deve ser feita com juntas de menor espessura possível. Esta espessura nunca deve ultrapassar 1,5 mm.
As juntas devem ser tomadas com cimento branco e alvaiade, na proporção de 3:1.
Antes da colocação dos azulejos, as paredes devem ser fartamente molhadas , limpas com vassourinhas e retirados todos os excessos de massa.
Os azulejos cortados para a, passagem dos canos e demais elementos das instalações , não devem apresentar emendas ou rachaduras.
Decorrido o 3º dia após o término do serviço, deve ser verificada a perfeição da colocação, percutindo-se os ladrilhos e substituindo-se as peças que denotarem pouca aderência.
Os revestimentos de azulejos devem ser executados com cuidado especial por azulejistas peritos em serviço esmerado e durável.
Os azulejos devem se cuidadosamente escolhidos no canteiro da obra, quanto à qualidade, calibragem e desempeno, sendo eliminadas todas as peças que demonstrarem defeitos de superfície, discrepância de bitola ou empeno.
Normalmente os azulejos devem cobrir toda a parede entre o, rodapé e o forro. Nos demais casos, sempre que possível, deve ser prevista uma altura equivalente ao múltiplo inteiro de uma peça normal (p.e. 14 vezes 15 cm = 2.10 m). Normalmente as arestas salientes levam cantos externos boleados e os cantos internos acabamento vivo, evitando-se a colocação de outras peças especiais.
Nas divisões sem teto o parâmetro terminará com uma fiada de azulejos boleados (caso não existam azulejos normais); a parte horizontal do muro também deve ser revestida com azulejos.
Nas barras de azulejos que terminarem antes do forro, o reboco restante deve ficar à superfície dos azulejos, separado por uma ranhura fina, feita com a colher no ato do remate superior.
Ladrilhos
As especificações devem ser as mesmas usadas na execução de revestimento de azulejos, mais o seguinte:
1. Os ladrilhos (os hidráulica previamente molhados), devem ser comprimidos com o cabo da colher e mantidos constantemente limpos.
2. As juntas devem ser tomadas com pasta de cimento (adicionando-se corante ou não) e não devem ser superiores a 2 mm, nem inferiores a 1 mm.
3. Não devem ser aceitos panos com abaulamento de reentrância maiores que 2 mm em um metro.
4. Se os ladrilhos forem maiores que 50 x 50 cm, devem ser colocados como indicado no item E.25.22.35 – Revestimento com placas de pedra.
Devem ser executados por profissionais habilitados e capazes.
Antes da sua aplicação, a cerâmica deve ser revisada uma por uma, eliminando-se todas as peças com imperfeições na cor, cantos desbeiçados ou desbitolados.
O gabarito para aferição do bitolamento deve ter uma tolerância máxima de 1,5 mm em cada dimensão.
No revestimento de fachadas, imitando tijolos “à vista”, a altura deve ser dividida em fiadas iguais, evitando-se assim corte na cerâmica. Para as arestas salientes devem ser usadas peças especiais do mesmo fabricante.
As juntas horizontais e verticais devem ser retilíneas, a nível e a prumo; ambas contínuas ou em amarração (segundo indique o, projeto). Devem ter espessura de 7 a 9 mm e serem iguais quando de um mesmo pano.
Os cortes das peças devem restringir-se ao mínimo e os cantos devem levar um emboço prévio com impermeável (p.e. SIKA 1) com espessura máxima de 20 mm.
Para assegurar a impermeabilidade da fachada, o parede deve levar um emboço prévio com produto impermeábilizante.
A cerâmica deve ser assentada de acordo com as seguintes prescrições:
1. Antes da colocação, o emboço deve receber um chapisco no traço 1:4 com, no mínimo, 24 horas de antecedência.
2. A cerâmica deve ter argamassa em toda a sua extensão, com espessura de, no máximo, 15 mm; sua colocação deve ter o traço 1 de cimento e 4 de areia média peneirada. Os ladrilhos devem ser comprimidos com o cabo da colher.
3. A face exposta deve ser imediatamente limpa e, no final do dia, lavado o pano executado.
4. As juntas devem ser imediatamente acabadas em baixo relevo e raspassadas com estilete de aço.
5. A superfície acabada deve ficar completamente plana e a prumo, sem rebarbas.
6. Não devem ser aceitos panos ou abaulamentos ou reentrâncias maiores que 2 m m por metro.
As especificações devem ser as mesmas usadas na execução de revestimento de azulejos, mais o seguinte:
1. Os ladrilhos (os hidráulica previamente molhados), devem ser comprimidos com o cabo da colher e mantidos constantemente limpos.
2. As juntas devem ser tomadas com pasta de cimento (adicionando-se corante ou não) e não devem ser superiores a 2 mm, nem inferiores a 1 mm.
3. Não devem ser aceitos panos com abaulamento de reentrância maiores que 2 mm em um metro.
A colocação do grés esmaltado deve obedecer às mesmas normas da litofina, somente tomando-se precauções quanto ao rejuntamento que deve ser tomado com argamassa de cimento branco, pó de mármore e quartzo, podendo ser alisado a ferro ou não.
Veja continuação no próximo post
Prezados Senhores,
Ficou claro para mim que devemos subir salpicando e descer rebocando. Mas quanto ao ladrilho cerâmico (pastilha) deve ser iniciado de cima para baixo ou de baixo para cima? Porque?
Obrigado.
Newton