Pisos de Placas de Aço
Para solicitação a pancadas fortes e calor intenso ( p.ex. oficina de laminação fornos entre outros ), onde nenhum material convencional teria condições de resistir, deve-se colocar placas de aço (eventualmente com zincado térmico, no caso de existir agentes químicos).
A laje de concreto da base deve estar construída para agüentar o peso morta e as pancadas. Sobre ela estende-se a argamassa de 300 Kg/cimento/m3 de areia consistente , devendo a espessura da mesma depender do tamanho das asas e ancoragem das placas.
As juntas entre as placas não devem ultrapassar 5 mm.
Conforme for avançado a colocação, deixa-se limpa a superfície e as juntas ligeiramente rebaixadas. As placas sem zinco devem ser ligeiramente engraxadas após a cura, que durará de 2 a 3 semanas.
Salvo indicação contrária em projeto, as placas deverão ser de fabricação da Mangels, tipo Maxipiso.
Pisos de Pedras e Concreto
1. Piso Pavistar
São paralelepípedos de concreto para ruas, pátios, passeios, depósitos, etc. sem piso falso. O leito deve ser previamente compactado em profundidade. O assentamento é feito sobre coxim de areia, alinhado nos dois sentidos, compactado com vibradora, podendo ser rejuntado com asfalto.
Tipo Médio Leve Pesado
Dimensões 20 x 20x 5 cm 20 x 20 x 7 cm 24 x 12 x 10 cm
Sobrecarga Até 3 t/m2 Até 3 t/m2 Até 2 t/m2
Aplicação Passeio Rua, depósito Trânsito pesado e alta velocidade
Não tendo amarração lateral, o, pavimento é removível e re-usável.
2. Piso Stelcon
São placas de concreto, especialmente usadas para depósitos em solos de pouca resistência. Nas dimensões entre 1,50 x 1,50 m e 2,00 x 2,00 m, com espessura aproximada de 115 cm, duplas cantoneiras em L 1 x 1/2 “ x 1/8” na parte superior e furos para garras , de preferência pré-fabricados de concreto com pedra de argila expandida.
A colocação é feito sobre o solo previamente compactado, com coxim de areia e com um guincho.
Não possui amarração lateral, sendo removível para reajuste.
3. Piso de Paralelepípedos
Ver especificações dos materiais e caracteristicas de cada solo.
Granito Natural, Marmorite, Cacos De Mármore, Placas De Mármore, De Arenito, Mosaico Português
1. Granito Natural
As placas devem ser assentadas com argamassa de cimento e areia 1:4, com 100 Kg de cal por m3 e já devidamente polidas e com arestas perfeitamente esquadrejadas.
Deve-se respeitar toda e qualquer peça empenada, brocas ou outros defeitos que interfiram na resistência do material.
A espessura do piso deve variar entre 2 e 4 cm, conforme sua utilidade.
Pode ser: preto tijuca (levigado ou polido)
Cinza (levigado ou lustrado)
ouro velho (levigado ou polido)
verde ubatuba
Logo que seja entregue o serviço, este deve ser protegido contra impactos e passagem de pessoal, com uma camada de aniagem envolvida em gesso.
2 . Mármore
Os pisos de mármore devem obedecer estritamente às indicações contidas nos desenhos de detalhes ou nas especificações complementares.
A declividade para escoamento de água, quando for o caso, deve ser determinada nos desenhos de detalhes ou nas especificações complementares.
Os pisos devem ser entregues perfeitamente polidos a máquina com esmeril e lustrados com sal de azedas (oxalato de potássio) e cera incolor virgem ou com chumbo, conforme indicado em limpeza geral e nos pisos de mármore.
A colocação deve obedecer às especificações do item E.25.25.10 -1.
3. Marmorite
Os pisos de marmorite devem obedecer às disposições contidas nos detalhes que acompanham cada projeto ou nas especificações complementares quanto à colocação, formato de painéis, granulometria e qualidade do mármore a empregar.
O tamanho dos painéis não deve ser inferior a 1,00 m.
As juntas devem ser de latão ou plástico, com dimensões adequadas para cada caso, não podendo, entretanto, ser inferiores a 1,0 mm de espessura e 2,5 mm de largura.
As superfícies a pavimentar, depois de limpas e molhadas, devem ser regularizadas com uma camada de base de argamassa no traço 1:3, com espessura variável em função da granulometria do mármore triturado, porém nunca inferior a 0,012 m.
Sobre a camada da base é lançado o composto de marmorite, o qual deve ser bem espalhado, comprimido e batido, podendo-se semear marmorite triturado na superfície, a fim de diminuir o espaçamento entre os grãos.
A seguir a superfície deve ser comprimida com rolo de 50 Kg no mínimo e alisada com régua metálica e colher.
Decorridos oito dias, dá-se o primeiro polimento a máquina, com esmeril nº 40 e 120, sucessivamente.
Havendo falhas, estas devem ser corrigidas com marmorite igual ao usado porém mais claro, a fim de se evitar diferenças devido à descoloração.
Procede-se então, o novo polimento a máquina, com esmeril 120, e lustra-se com sal de azedas (oxalato de potássio)..
4. Cacos de Mármore
Tamanhos irregulares, na espessura de 2 cm, sobre lastro de concreto regularizado com argamassa de cimento e areia 1:4. As juntas de dilatação e acabamento de piso (estucamento, polimento a máquina, etc.) devem seguir as especificações de piso de marmorite, no que couber.
As juntas de dilatação podem ser de latão ou plástico na medida de 3/4” x 1/8 “.
5. Placas de Arenito
Devem ser assentadas com argamassa de cimento e areia 1:4, juntas tomadas com a mesma argamassa. O terreno deve ser previamente regularizado, fortemente apiloado e depois receber uma camada de concreto com a resistência de 150 Kg/m2.
A espessura mínima das placas deve ser de 3 cm.
Podem ser brutas, regulares, esquadrejadas ou polidas.
6. Placas Prensadas de Mármores
As lajotas de granito ou mármore pré-moldadas, são prensadas hidraulicamente nas dimensões de 25 x 25, 33 x 33 e 40 x 40 cm.
O material deve ser fornecido já polido, sem empenamentos e arestas vivas e sem desbeiçamentos.
As lajotas devem ser prensadas hidraulicamente com o mínimo de 200 t e em sua constituição as granas devem ser de mármore ou granito nos tamanhos especificados no projeto.
A argamassa de base deve ter, na sua composição, areia ou pó de pedra e cimento na proporção de 1:3.
A capa da peça é formada com argamassa de cimento branco ou comum com granas 00, 1,2, 3 e 4 na proporção de 1:2, conforme especificações.
A argamassa de colocação deve ser no traço 1:3 de cimento e areia com adição de 100 Kg de cal por m3 de argamassa.
O assentamento das lajotas deve ser feito em toda a extensão da lajota, sem deixar nenhum vazio e com juntas de no máximo 1,5 mm.
O rejuntamento deve ser executado com cimento branco após 48 horas desde a colocação, não sendo permitido o tráfego sobre o piso neste período.
Após concluído o serviço de colocação, as lajotas devem ser polidas para retirar algum excesso de argamassa ou saliências que resultarem na colocação.
A limpeza deve ser feita, de preferência, com sabão neutro ou detergente em pequena proporção. Os detergentes utilizados não podem conter ácidos ou soda. Logo após , o piso deve ser encerado e lustrado.
7. Mosaico Português
As pedras de basalto (preto) e calcáreo (branco) devem obedecer, em seu assentamento, aos desenhos apresentados.
As juntas devem ser uniformes e a superfície perfeitamente plana.
Quando a base for de saibro, o mosaico deve ser assentado diretamente sobre ela.
Quando for de concreto, o assentamento deve ser feito com argamassa seca, de cimento e areia, traço 1:3, aplicado à base e molhando-se durante a sua execução.
O mosaico deve ser coberta por uma camada de areia fina que deve ser molhada durante os primeiros cinco dias.
Critérios de Medição
1. Critério Geral para Pisos
Salvo os pisos indicados abaixo (itens 2 e 3), a medição dos pisos em geral deve ser feita pela área real – m2.
2. Capeamento com Argamassa de Cimento e Areia 1:3
Medição pela área calculada, não se descontando interferências iguais ou inferiores a 0,30 m2, acima de 0,30 m2, deve ser descontado apenas o que exceder esse valor – m2.
3. Piso plástico Monolítico
Medição pela área calculada do piso, acrescentando-se a área proveniente do desenvolvimento real do rodapé – m2.
Gostei do desenvolvimeto das matérias, porém, não vi nenhuma alusão quanto ao cimento utilizado para execução do marmorite.
Solicito o favor de esclarecer-me se o piso de marmorite pode ser fundido com cimento branco e se existe algum incoveniente em utiliza-lo.
Obrigado e espero retorno o mais breve possível.
Airton Melo
Engenheiro do Ministério da Saúde.
Tenho uma dúvida em relação ao resíduo produzido no lixamento do piso de marmorite. Após o lixamento, forma-se uma nata do pó do lixamento misturada à água, usada para evitar poeira. Essa nata fica sólida, mas esfarelada. Onde podemos reaproveitar esse material, e se não tiver jeito de reaproveitar, qual a destinação final para o mesmo?