Depois de fechar 2010 com um crescimento de 23%, o mercado de seguros no Brasil se prepara para entrar em novo ciclo de desenvolvimento. A expansão será impulsionada, em grande parte, pelas obras da Copa do Mundo e Olimpíadas, além dos empreendimentos advindos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por envolverem riscos significativos, grandes construções como linhas de metrô, usinas para geração de energia, hotéis, prédios de escritórios, portos, aeroportos e conjuntos residenciais lideram a lista dos maiores clientes das empresas seguradoras.
Em Minas Gerais, a Solutions Gestão de Seguros, do empresário Sérgio Frade, está atenta a essas novas oportunidades. Atualmente, a empresa já tem em sua carteira de clientes construtoras dentro do estado e em São Paulo. No segmento de Riscos de Engenharia, a empresa negocia e administra os seguros de grandes obras realizadas no parque industrial mineiro e em diversos empreendimentos imobiliários. No entanto, como observa Frade, este nicho de mercado ainda não é explorado em todo o seu potencial. “Ainda persiste no âmbito da construção civil a cultura de que seguro é despesa e não investimento em proteção contra os riscos que um empreendimento oferece. Muitos construtores se lançam em empreendimentos sem a devida proteção”, comenta.
Sérgio Frade, presidente da Solutions Gestão de Seguros
A opinião do empresário encontra fundamento em recentes números dos seguros no Brasil. Isso porque no país este mercado ainda tem um enorme potencial de crescimento, se o compararmos a países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a participação dos seguros na economia chega a 8,9% do PIB, e na França, a 10,3%.
Está claro também que os diferentes tipos de seguros para a Construção Civil resguardam a saúde financeira das construtoras. No caso de acidentes em obras, por exemplo, o seguro garante que os prejuízos resultantes sejam devidamente ressarcidos sem prejudicar o resultado da construtora ou inviabilizar a continuidade de execução. Neste sentido, obras que envolvem fundações em encostas e barragens são as que oferecem mais riscos. Os seguros oferecidos pelo mercado segurador também viabilizam o atendimento de exigências de coberturas de riscos por parte do proprietário da obra junto ao construtor ou agentes financeiros.
Foto: Vaner Casaes / AGECOM
CONHEÇA OS PRINCIPAIS TIPOS DE SEGUROS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Seguro Garantia: Utilizado para cobrir os riscos de cumprimento da execução de um empreendimento ou para adiantamento de pagamentos efetuados antecipadamente pelo proprietário da obra a uma empreiteira. No caso de licitações, este seguro garante o pagamento de indenização ao órgão do Governo caso o licitante se recusar a assinar o contrato nas condições e prazos propostos. Para o ramo imobiliário, há garantia quanto às falhas na execução ou no projeto dos empreendimentos e até permuta de terrenos.
Seguros de Riscos de Engenharia e de Responsabilidade Civil: Cobrem os riscos de acidentes durante construções ou reformas. Geralmente, protegem contra incêndios, roubo de materiais, erros de execução da obra, sabotagens etc.
Seguro de Riscos Diversos: Cobrem equipamentos, seguros de vida e de assistência médica para os trabalhadores e proteção para veículos.
Seguro de acidentes pessoais: oferece garantia de morte e invalidez das pessoas envolvidas nos empreendimentos.
Seguro de saúde / assistência médica: oferece garantia de assistência médica às pessoas envolvidas nos empreendimentos.
