O sonho da casa própria está se tornando realidade para muitas famílias brasileiras graças aos novos sistemas de financiamentos. Confira algumas dicas para você adquirir seu imóvel com segurança.
Antigamente, além do preço, as poucas opções de formas de pagamento inviabilizavam a compra e deixavam a aquisição do imóvel próprio cada vez mais distante. “Hoje existem muito mais facilidades. Os bancos oferecem várias modalidades de créditos e financiamentos para a compra de imóveis”, ressalta Bárbara Silva Freitas, responsável pela área financeira e administrativa da Primar Administradora de Bens.
Mesmo com os preços mais altos, o movimento no mercado imobiliário não para de crescer. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) prevê que este ano o número de unidades financiadas aumente 28%, comparado a 2010. “O mercado está aquecido e tanto os novos empreendimentos como os imóveis usados estão sendo vendidos. Mesmo com tantas facilidades, os consumidores devem ficar atentos na hora de fechar negócio”, afirma.
Para quem pretende se casar, sair do aluguel ou mudar de casa, a especialista recomenda pesquisar e analisar qual é a melhor opção: se é um imóvel novo ou usado. “Dependendo do tamanho da família, uma construção nova pode sair mais caro do que um empreendimento usado. Além disso, se a opção for para casas com quintal amplo é mais fácil encontrar opções usadas do que novas, já que atualmente as construções estão mais compactas e os terrenos menores”, observa.
Se a escolha for pelo imóvel usado, Bárbara elenca algumas dicas para não se arrepender depois da assinatura do contrato. A primeira é escolher um bairro adequado para as necessidades dos proprietários, afinal esta pode ser a moradia definitiva da família. “Observar a vizinhança, os serviços públicos e a movimentação da região podem ajudar a identificar os prós e os contras de morar no local. O próximo passo é observar as condições do imóvel, seja casa ou apartamento”, aconselha.
O ideal é que o interessado no imóvel verifique a parte elétrica e hidráulica e também confira as portas e objetos de madeira – se houver acúmulo de pó cuidado, pode ser sinal de cupim. “Manchas nos disjuntores podem indicar problemas nos fios como sobrecargas elétricas e curtos. Se for um apartamento também é necessário observar qual é o tipo de ligação, se é trifásica ou monofásica. Dependendo da unidade é necessário uma ligação mais forte para aguentar todos os aparelhos elétricos”, enfatiza.
No caso da aquisição de um apartamento é fundamental analisar o estado de conservação do prédio. Pintura, infiltrações, rachaduras, manchas escuras nas paredes, limpeza, cuidados com os equipamentos externos e as áreas de lazer, enfim nada pode passar despercebido. “Pergunte ao síndico como funciona o estacionamento, se há vagas para todos os moradores e se há local para os visitantes guardarem seus carros. Não se esqueça de examinar quais são os equipamentos de segurança utilizados”, lembra.
Comparar o valor da taxa condominial com prédios vizinhos ajuda a analisar se compensa pagar o preço cobrado e se a quantia é adequada em relação a toda infra-estrutura oferecida pelo condomínio. “Piscinas, academia, salões de festas, quadras de esportes, bosques ou grandes jardins, lavanderia e outras comodidades garantem conforto aos moradores, mas tudo isso pode custar caro. Quanto mais benefícios o condomínio oferecer, maiores serão as taxas. Por isso é bom estar preparado e pesquisar muito antes de comprar”, acrescenta.