Restauração de vidro e cristal

Você tem alguma peça de vidro ou cristal lascados e acha que não dá para recuperá-los? Saiba que é possível torná-los novamente bonitos e usáveis. O Espaço Zero, centro de arte em vidro comandado pela artista Elvira Schuartz, em São Paulo, dispõe de um serviço difícil de encontrar no Brasil: o restauro artístico de peças de vidro e cristal, de borda de copos a antiguidades.

Como uma das poucas restauradoras brasileiras, Elvira tem em seu currículo um lustre do século 18 do Museu Paulista (Museu do Ipiranga) e outro dos anos 1960, do Correio de Belo Horizonte, além de peças de Galé, pâte de verre e Murano, entre outras. Isso sem contar os inúmeros copos e utensílios com bordas lascadas ou trincadas. “A princípio, qualquer peça pode ser restaurada. Procuro sempre soluções que garantam um bom resultado e que, ao mesmo tempo, sejam economicamente viáveis”, explica Elvira.

No caso do lustre do Correio, composto por peças prensadas, era necessário reproduzir 20 delas para substituir as que faltavam. “Fizemos uma forma de grafite e moldamos as peças à mão, evitando assim a necessidade de uma forma para prensa, o que encareceria muito o trabalho”, conta a artista. Segundo ela, o preço de uma restauração depende da época da peça, do tipo de material e do tamanho da avaria.
São basicamente três tipos de restauração: reprodução, em que se cria uma peça nova, como uma manga de lustre ou um braço de castiçal, a partir de algo que falta ou copiada de outro exemplar; lapidação, que resolve problemas como trincas e lascas; e colagem, feita de forma que seja discreta.