Para a Casa Cor deste ano, o arquiteto Maurício Queiroz homenageou o criador do Plano Piloto de Brasília, Lúcio Costa, com um ambiente conceitual e interativo, fazendo uso de materiais sustentáveis e de tecnologias. O hall de entrada do Jockey de 222 m², projetado originalmente com pilares e pastilhas, foi totalmente fechado com madeira ecologicamente correta. Essa é a maior estrutura, que apresenta 12 m³, feita com este material proveniente de reflorestamento.
A inspiração surgiu da primeira fase profissional de Lúcio Costa, a década de 1940, caracterizada pelos seus mais importantes projetos arquitetônicos. A referência ao trabalho do arquiteto que desenhou uma cidade inteira está presente em todo o espaço, dividido em quatro lounges tematizados por frases ditas por ele e reproduzidas no chão.
Ao entrar no espaço o visitante é recebido por um tapete virtual de mosaicos, composto por “pedaços de tapetes” que se quebram conforme são pisados, dando origem ao croqui do Plano Piloto de Brasília. A novidade, denominada Tapete Mágico, é de autoria da YDreams, empresa portuguesa de tecnologia de interação.
O quadro de agradecimento é composto por uma TV com a imagem do Espaço em Homenagem a Lúcio Costa. A partir do toque na própria tela em cada um dos elementos lá retratados, como móveis e objetos, por exemplo, é possível descobrir o nome do fornecedor e seus dados. Todas as paredes têm projetores com sensores de movimento que detectam a passagem do visitante e movimenta imagens em random. Já o Livro Mágico, uma grande tela localizada no Lounge Cristal, conta toda a cronologia da obra de Lúcio Costa sem que o visitante precise tocar nela – basta que ele vire as páginas “no ar”, que vão mudando a partir de um sensor embutido em uma caixa.