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Pisos e Revestimentos: Madeira, reflorestamentos ou demolições

Pisos e Revestimentos: Madeira, reflorestamentos ou demolições. A madeira, tradicionalmente usada na estrutura e no apoio aos telhados e para vedar aberturas da construção, é cada vez mais empregada como elemento de enfeite de espaços internos. Para driblar a escassez de recursos naturais, painéis de madeiras industrializadas chegam às marcenarias, onde são usadas para a produção de revestimentos de paredes, pisos, móveis e armários. A design de interiores Animere Vieira avalia que a madeira traz várias contribuições para qualquer tipo de construção. Para ela, além da resistência e durabilidade, o material tem lugar cativo nos projetos arquitetônicos mais harmônicos por causa da beleza, elegância, diversidade de tonalidades e sobriedade que pode dar ao ambiente.Via Lugar Certo

Pisos e Revestimentos: Madeira, reflorestamentos ou demolições


Veja mais fotos de aplicação da madeira em projetos arquitetônicos

As vantagens do material, segundo Animere, não acabam por aí. “A madeira ainda funciona bem como divisória, eliminando a necessidade de alvenarias e, com isso, evitando as perdas de espaço.” Para o acabamento de um quarto, Animere Vieira diz que o uso de um piso em madeira é quase obrigatório para dar maior intimidade corporal com o espaço, principalmente para crianças.

A design explica que as tendências mais fortes em madeira mudam, mas, com o tempo, podem retornar. “Esse é o caso da sucupira, que estava fora da preferência dos clientes e que retornou há pouco.” O mogno, devido à cor e ao brilho, caiu um pouco no uso, assim como o pau-marfim. “A imbuia, por sua vez, é uma madeira que sempre tem espaço na casa mineira”, avalia.

Laurene Magalhães, design de interiores, acredita que a atual tendência para o uso da madeira surgiu em resposta a duas questões atuais para a sociedade: a busca por conforto no sentido de volta às raízes e preocupação ecológica. Devido ao fato de ser um isolante natural (térmico e acústico), o material, segundo Laurene, proporciona para o ambiente uma temperatura estável e agradável. “A madeira também é versátil e já não aparece só em revestimentos, mas em bojos, bancadas, laminados, painéis para TV, quartos e escritórios.”

Quanto à inspiração ecológica, Laurene acredita que, numa tentativa de salvar as árvores, a valorização da madeira nas construções surge com supremacia sobre outros materiais. “Uma boa construção e projeto de decoração pode ser acessível e ecologicamente correto.” Laurene destaca que as madeiras de reflorestamento certificadas e de demolição estão presentes na maioria dos ambientes, apontando uma tendência mundial. “Morar bem não quer dizer desperdício nem implica o uso de recursos naturais sem consciência”.

APEGO

O professor de arquitetuta do Instituto Izabela Hendrix, da Fumec e da Uni-BH Róccio Rover Rosi Peres pesquisa o uso da madeira na construção civil e acredita que o apego à matéria-prima está arraigado na cultura construtiva dos brasileiros. “Desde os índios, passando pelos colonizadores portugueses e, mais tarde, pelos imigrantes italianos, poloneses e alemães, a madeira é elemento estrutural de nossas moradias.”

Para Rosi essa preferência nacional não é à toa. “A madeira favorece a diversidade com texturas, cores e cheiros diferenciados. Não aquece ou esfria o ambiente e traz aconchego. Quando a madeira é bem acabada, o toque é aprazível.” O arquiteto também destaca que as possibilidades de criação com o material são quase infinitas, dando exclusividade ao ambiente.

Na opinião do especialista, a dificuldade em conseguir algumas espécies que até há pouco tempo eram retiradas de forma clandestina levou à diversificação da madeira usada na construção. Com a fiscalização ambiental sobre a extração de madeira muito maior e nova consciência ambiental, Rosi diz que a solução é trocar espécies ameaçadas, como o ipê, por peças com desempenho similar, obtidas pelo reflorestamento ou cultivo, como teca, eucalipto e angelim.

VALOR

A técnica em meio ambiente Keli Melandes Rangel descobriu nos painéis de madeira uma forma rápida e barata para valorizar seu apartamento no Bairro Castelo, em Belo Horizonte. No fim do ano passado, a sala do imóvel de 70 metros quadrados recebeu nova pintura e um painel de MDF (um tipo de madeira sintética), que foi embutido atrás da sanca. “Já tinha visto painel usado no fundo de uma sala numa revista de decoração e, quando a design recomendou, topei na hora.” O apartamento mobiliado era alugado por R$ 1,2 mil e foi locado por R$ 1,8 mil depois da reforma. “Valeu a pena demais. O que investi na reforma recuperei em seis meses com o novo valor do aluguel.”

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