A preocupação com o meio ambiente fez diversos construtores, empresários e consumidores finais mudarem seus conceitos na hora de construir ou reformar. Entretanto, a realização de procedimentos sustentáveis pode tornar mais custoso o valor final da obra, pesando, assim, no bolso do construtor. Qual, então, pode ser a melhor alternativa para aliar sustentabilidade, recursos financeiros e deixar o custo-benefício atrativo?
Levantamento realizado pela ONG GBC-Brasil – Green Building Council Brasil, revela que 23 empreendimentos receberam o certificado Green Building no ano passado, comprovando que as obras avaliadas cumprem os requisitos de sustentabilidade previstos pelo selo verde internacional Leed – Leadership in Energy and Environmental Desing.
Além disso, 211 construções encerraram 2010 em processo de certificação. Com este resultado, o Brasil fica na 5ª posição no ranking dos países que possuem maior número de construções sustentáveis (atrás de Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China).
Para Hernando Laguna, diretor de planejamento da Laguna Arquitetura e Construção, “estes resultados mostram a conscientização dos empresários, construtores e consumidores brasileiros em relação ao meio ambiente. A consolidação do país com as obras sustentáveis, mostra que estamos no caminho certo: o de reutilizar e repensar nossa forma de atuar”.
Entretanto, algumas fases de um projeto podem confundir a cabeça e as decisões na hora de reformar e/ ou construir. “Seja sustentável ou tradicional, algumas etapas da construção exigem cuidado redobrado dos construtores, a fim de evitar desperdícios e retrabalho. Em alguns casos, utilizar materiais sustentáveis pode tornar a obra mais cara, além disso, não existe ainda na ‘linha verde’ um leque de produtos como existe na construção tradicional”, afirma Laguna.
Laguna enumera alguns itens sustentáveis e seus respectivos custos para os construtores ou consumidores ficarem atentos na hora de construir ou reformar:
Baixo custo: utilize pisos e madeiras que possam ser lavados; opte por lâmpadas de alta eficiência; separe os lixos para serem reciclados; dinamize o projeto para que o imóvel possa aproveitar ao máximo a luz solar;
Médio custo: utilize torneiras e peças sanitárias de baixa vazão; implante um sistema de aquecimento solar da água; automatize a iluminação dos ambientes, isso evitará desperdícios;
Alto custo: tratamento total da águas das chuvas e do esgoto; utilize vidros insulados e reutiliza as águas em sanitários.
Hernando Laguna é diretor de planejamento da Laguna Arquitetura e Construção