A eficiência energética no Brasil provocaria uma economia de dois bilhões de dólares. A informação é do Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, Pnuma. Dados do relatório “Eficiência energética: acelerando a agenda”, afirmam que a demanda por energia deve aumentar cerca de 40% até 2050. O documento prevê que o melhor aproveitamento da energia produzida deve reduzir as emissões de carbono em torno de 50% até 2030.
Esses dados relevam a necessidade de mudar a maneira como se produz e consome energia. O setor de arquitetura e decoração também está repensando seus processos para contribuir com o ambiente e com a qualidade de vida das pessoas.
Em seus projetos, a arquiteta Flávia Soares e a designer Iara Santos propõem formas de uso racional da energia. No projeto luminotécnico, por exemplo, as profissionais já recorrem a opções eficientes, econômicas e ambientalmente corretas.
A iluminação valoriza e confere charme ao ambiente. Para conseguir maior duração das lâmpadas e o menor consumo de energia, Iara e Flávia indicam o uso das lâmpadas de LED. “A partir de 2016, não será mais permitido fabricar no Brasil, as lâmpadas incandescentes, por isso uma boa opção são as de LED. Elas são bastante eficazes e deixam o ambiente mais aconchegante. A conta de luz também sofre redução de valores”, explica Iara.
Flávia ressalta outro recurso que ajuda na hora de economizar e usar corretamente a energia, evitando desperdícios: “A automação diminui os custos na conta de energia. Através da opção de programar cenas diferentes paras os ambientes da casa, o morador acende apenas a luz que julgar necessária a cada situação”. Para quem não pode aderir à automação, ela lembra que as lâmpadas dicroicas de 20w possibilitam uma iluminação cenográfica criativa com baixo consumo.
A arquiteta reforça que é possível deixar o lar iluminado do jeito que o cliente sonhou de forma econômica: “Um bom profissional vai orientar o cliente para atender os seus desejos e ainda conscientizá-lo da questão ambiental. O resultado vai ser menor custo e maior benefício”, garante. Já a designer, incentiva o uso de lâmpadas de baixo consumo e a utilização de sensores de movimento ou minuterias. “Para ninguém esquecer as luzes acesas”, adverte.