Neste projeto, o arquiteto Marcos Bertoldi, de Curitiba, PR, primou pelos espaços amplos e integrados. Como o cliente pediu por uma construção com tijolo de cerâmica, a casa seguiu formas econômicas.
“Usamos poucas aberturas e espaços vazios, que contribuíram para o aspecto robusto e maciço da obra. As principais aberturas do projeto foram simultaneamente voltadas ao poente e ao bosque de araucárias, localizado no terreno”, comenta. O arquiteto aproveitou a declividade natural do solo e criou uma espécie de grande vitrine para o bosque nos fundos da casa. Com isso, o projeto ganhou uma área envidraçada, com pé-direito duplo sobre o home-cinema, permitindo uma visualização da rua. “Fizemos isso de uma maneira que os moradores não perdessem a privacidade”, conta Bertoldi.
Outro destaque é a passarela de acesso para a casa, pois propõe um caminhar elevado do solo que, num determinado momento, é rebaixado em um pé-direito para criar um espelho d’água lateral ao home-cinema.
Os mezaninos também garantiram o bom funcionamento da casa, inclusive em dias festivos. O projeto conta com uma sala com um forno de pizza, adega, área para fumantes e um espaço só para as crianças.
A construção tem dois blocos retos com bases retangulares que se conectam por meio de uma laje de concreto armado e pé-direito duplo. O negativo entre os dois volumes evidencia o bosque nos fundos do lote. Parte do projeto está contida no volume maior em blocos cerâmicos. “Sob a laje envidraçada aparece a sala íntima, orientada para Leste-Oeste que, por ter pé-direito duplo, mantém desimpedida a vista de quem chega pelo nível da rua. Na fachada posterior, lajes e terraços de concreto armado se projetam em direção ao parque, onde foram instaladas janelas de canto para a sala principal e para o quarto do casal”, orienta o arquiteto.
