Arquitetura x psicologia

A Oficina do Espaço criou um novo conceito de trabalho para quem deseja decorar, reformar ou construir a sua casa: usar a psicologia como ferramenta de trabalho.

A Oficina do Espaço criou um novo conceito de trabalho para quem deseja decorar, reformar ou construir a sua casa: usar a psicologia como ferramenta de trabalho.


A empresa, criada em fevereiro deste ano, reúne engenheiros, decoradores, arquitetos, paisagistas, urbanistas e psicólogos. A função dos psicólogos no projeto é ajudar os demais profissionais a entender melhor o cliente e identificar suas reais preferências, desejos e necessidades. “Entender e respeitar a individualidade do usuário é a nossa maior preocupação e embasa todo o trabalho da Oficina do Espaço”, afirma Sonia Mombelli, uma das psicólogas da equipe.

O trabalho da psicologia prevê uma entrevista detalhada com o cliente, na qual são levantados pontos interessantes sobre sua relação com o espaço que ocupa. Com este objetivo, foi desenvolvido um questionário detalhado com questões curiosas, que ajudam os profissionais a definir o perfil do cliente. “Nós não perguntamos diretamente para o usuário o que ele gosta ou não gosta, utilizamos as ferramentas da psicologia comportamental para descobrir em seu universo interior os seus reais desejos e necessidades”, explica Mombelli.

Onde a pessoa gosta de ler? Como faz suas compras (atacado ou varejo, o que influi na necessidade de mais ou menos armários)? Algum dos moradores tem problemas de saúde? Qual o seu lazer doméstico?  Recebem hóspedes? O que mais gosta num hotel? Qual sua relação com a tecnologia?  Coleciona objetos? O que enfeita um ambiente? Estas são algumas das inúmeras perguntas que são formuladas aos clientes da Oficina do Espaço durante a primeira entrevista com o psicólogo.

“Por mais competentes e experientes que sejam profissionais como arquitetos, engenheiros e decoradores, individualmente eles podem não identificar a melhor solução para o cliente. A função dos psicólogos é nos ajudar a entender a rotina diária do cliente, como seus hábitos, necessidades, desejos, limites e até mesmo a concepção da pessoa sobre o que é bonito ou não”, explica Marcelo Pante, engenheiro civil e um dos sócios da Oficina do Espaço.

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