ODETTO GUERSONI no ESPAÇO CULTURAL CITI

ODETTO GUERSONI no ESPAÇO CULTURAL CITI

A PRESENÇA DO MESTRE Seis décadas de trabalho em 30 obras do artista na galeria de arte da Avenida Paulista

ODETTO GUERSONI no ESPAÇO CULTURAL CITI. Após a elogiada exposição da jovem Luciana Maas, o Espaço Cultural Citi apresenta uma retrospectiva da rica, extensa e importantíssima obra do paulista Odetto Guersoni (1924-2007), gravador, pintor, desenhista, ilustrador e escultor que, além disso tudo, foi um dos grandes professores e orientadores de artistas em quase sessenta anos de trabalho no Brasil e no exterior.


Com a curadoria de Jacob Klintowitz e o título de A Presença do Mestre, a mostra reúne 21 gravuras, cinco pinturas à óleo, duas esculturas, dois cartazes, além de quatro retratos do artista: duas telas por Mário Zanini e duas fotografias de Dulce Carneiro. Esses trabalhos cobrem o período entre 1944 e 2006. A exposição será aberta em 30 de março e se encerra em 15 de maio de 2009.

O Espaço Cultural Citi se caracteriza por ser uma galeria pública visitada mensalmente por cerca de 50 mil pessoas que trafegam entre a Avenida Paulista e a Alameda Santos. O espaço mantém a sua vocação de mostrar obras de arte no centro vital de São Paulo. Desde 2005, passaram por ali nomes consagrados, como Rubens Gerchman, Luiz Paulo Baravelli, Cláudio Tozzi, Gregório Gruber, Romero Britto, Newton Mesquita, Ivald Granato, Takashi Fukushima, Caciporé Torres e a ceramista Shoko Suzuki, entre outros.

O Espaço Cultural Citi (Av. Paulista, 1111, térreo, fone 11.4009.3000) fica aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas; aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 17 horas. Acesso a portadores de deficiência física pela Alameda Santos, 1146. A entrada é gratuita.

Odetto Guersoni, o profeta amoroso, por Jacob Klintowitz

Três foram as ações de Odetto Guersoni (1924-2007) que marcaram de maneira profunda o Brasil e a cidade de São Paulo. A primeira delas foi a qualidade extraordinária de sua obra, sempre sob o signo do domínio expressivo do ofício e dotada de profunda reflexão. Estava presente a intencionalidade, a obra era fruto de uma elevada concepção artística e filosófica e, na sua aparência, tudo era de extrema simplicidade. Deste ponto de vista, o da construção de uma obra sólida e reflexiva, o seu trabalho se tornou emblemático na arte brasileira.

A segunda ação foi o magistério que Odetto exerceu com o seu habitual rigor e método, e uma capacidade de doação quase sem limite. Não só os seus alunos se destacaram pelo conhecimento, como se tornaram afetos permanentes. Mesmo depois de afastado do magistério, ele continuou a exercer o seu professorado, através de orientações informais e aulas sem púlpito, como se fossem conversas entre amigos.

A terceira ação faz parte do reino inefável. Mas todos os que o conheceram, eu inclusive, são testemunhas da sua mansidão, solidariedade e carinho, características que ele estendia aos artistas e à sua produção, sendo um verdadeiro manancial da vida intelectual. Dezenas de vezes, Odetto esteve comigo para comentar da obra de colegas, apresentar em especial artistas jovens e, no seu jeito sereno, deixava que eu mesmo falasse de possível cobertura jornalística. O seu ateliê na rua Veiga Filho era palco destes encontros. E, de sua produção, ele a mostrava de maneira coloquial, com cuidado e recato.

Hoje a sua extensa obra composta de gravuras, esculturas, pinturas, grafismos, já objeto de uso pedagógico, se impõe pela inovação iconográfica e alcance filosófico. O núcleo desta obra é a permutação de formas geométricas, a vibração de elementos justapostos, e a conseqüente criação de mandalas. Não apenas Odetto Guersoni estava a par da extraordinária herança de outras culturas, como era capaz de revitalizar os símbolos em versões individuais. Odetto Guersoni foi um profeta do século XXI, pois criou uma arte inovadora, ocidental no seu saber, universal nos seus conteúdos e apontando para a síntese holística de tempos e espaços.

O artista, por Emanoel Araújo (na apresentação da mostra Guersoni: 50 anos de percurso do artista, 1944/1994; Pinacoteca do Estado, 1994).

Guersoni, rara e extraordinária figura das artes de São Paulo, pintor, gravador, escultor, vem do tempo em que o exercício da atividade artística estava impregnada de lirismos, incertezas, inquietações. Inquietações que pairavam no ar de uma cidade ainda provinciana e cada conquista tinha sabor de vitória, no espaço cada vez mais agigantado da nova metrópole. As rodas artísticas, as poucas galerias de arte, os salões de todos os anos, as críticas dos jornais eram elos de fortalecimento, na busca dos mais jovens. A celebração dos mais velhos na procura da realização plena de todos, cercados de um saudável amadorismo. Odetto vem deste invejável tempo e sua arte tem as marcas da procura silenciosa, de sua lealdade com o saber e o fazer, vocação de permanecer seguindo seu próprio caminho. Ao rever a obra de Odetto Guersoni e sua trajetória, celebramos a vitória do homem e sua permanência no tempo.

Breve Biografia

Odetto Guersoni (Jaboticabal SP 1924 – São Paulo SP 2007). Gravador, pintor, desenhista, ilustrador, escultor. Estuda pintura e artes decorativas no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Laosp, entre 1941 e 1945. Nesse período, expõe no Sindicato dos Artistas Plásticos e freqüenta o círculo de artistas do Grupo Santa Helena. Em 1947, participa da exposição 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia, é contemplado com uma bolsa de estudo pelo governo francês, e viaja para Paris, onde inicia trabalhos em gravura. De volta ao Brasil, em 1951, funda a Oficina de Arte, em São Paulo. Em 1954, retorna à Europa por um ano, financiado pela Organização Internacional do Trabalho – OIT. Em Genebra, estuda gravura com René Cottet (1902 – 1992) e, em Paris, trabalha no ateliê de Stanley Hayter (1901 – 1988). De 1956 a 1957, assume a diretoria da União dos Artistas Plásticos de São Paulo. A partir de 1960, freqüenta, como estagiário, algumas escolas de arte nos Estados Unidos e no Japão como a The New York School of Printing e a Osaka University. Em 1971, também no Japão, freqüenta o ateliê de I. Jokuriti. Dois anos mais tarde, é eleito melhor gravador do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA. Participa, com sala especial, da Bienal Ibero-Americana de Montevidéu, em 1983. A Pinacoteca do Estado de São Paulo – Pesp realiza uma retrospectiva de sua obra, em 1994.

Sobre o Citi
Citi, a empresa-líder em serviços financeiros globais, tem aproximadamente 200 milhões de contas de clientes e atua em mais de 140 países. Por meio de suas duas unidades operacionais, Citicorp e Citi Holdings, o Citi proporciona a clientes, empresas, governos e instituições uma grande variedade de produtos e serviços financeiros, incluindo serviços bancários a pessoas físicas, crédito, corporate and investment banking, corretagem de títulos e valores mobiliários, e administração de fortunas. Para mais informações, acesse www.citigroup.com. Mais informações sobre o Brasil, www.citi.com.br.

fonte: Assessoria de Imprensa da Exposição
Manoel Carlos Jr. Luciana Lamanna / Daniela Oliveira /Luiza Goulart
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